Os sistemas de saúde no mundo
Enquanto certos governos andaram (re)descobrindo as virtudes do setor público, o setor privado não pára de estender seus tentáculos. Em todo lugar, reconfigurações vêm sendo implantadas, alterando os sistemas de saúde no mundo e contribuindo para aumentar ou diminuir a incidência de algumas doenças
Da América à Ásia, da África à Europa, nenhum país escapa do grande vento da reforma dos sistemas de saúde. A priori, esse fato deveria ser comemorado. Realmente, considerando-se as necessidades ainda por serem atendidas e a importância das pandemias que seguem se alastrando pelo mundo, a manutenção das estruturas vigentes seria impossível. Enquanto os Estados Unidos, um país campeão do privado, ou a China, que andou experimentando a abordagem americana com o vigor dos novos convertidos, tentam limitar a lógica mercantil para implantar uma cobertura universal, os demais países ricos definem como objetivo principal a redução do papel do Estado e as despesas mutualizadas. Com isso, a história dá um drible espantoso nos principais sistemas: no momento em que o modelo americano, que é o exemplo mais acabado dessa lógica, prova sua ineficiência, o mercado continua sendo a bússola. Classificados no segundo lugar mundial pelas suas despesas com saúde…