Palavra 22
Lêdo Ivo: sorriso aos 80
O que Lêdo Ivo realiza em versos – e também em alguns de seus ensaios – serve de motivação para a crítica, isto é, deve-se analisar a relação entre modernistas e parnasianos em suas contraposições, mas também em suas convergências.
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Mapeando a cidade invisível
Se a mitologia penetrante e luminosa da Paris de Hemingway não é mais reproduzível, Vila-Matas acaba por conceber um tipo de mitologia pessoal e específica sobre seu romance de estréia.
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Estranho objeto
De súbito, faltou fôlego. Cessou a confusão do batismo cego. Poderia decidir-se por qualquer daqueles nomes, ou qualquer outro; subsistiria o mais terrível dos atributos, sempre. O que trazia nas mãos, nelas teria de seguir.
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Do que disseram
AquiRodrigo Gurgel
No ensaio que abre esta edição de Palavra, a obra do poeta Lêdo Ivo é a chama que instiga Pedro Marques a realizar o diálogo sempre postergado entre modernistas e parnasianos. À análise precisa soma-se, a cada parágrafo, o desejo de revelar ao leitor o alumbramento da verdadeira poesia, livre das frágeis e estreitas classificações que nos ensinam. No final, um toque memorialístico fecha este percurso crítico, confirmando o quanto a vida pode ser uma escola de poesia.
Marco Polli escreve sobre o novo livro de Vila-Matas no Brasil: Paris não tem fim. Sucinta mas aguda, a resenha comenta os traços marcantes do estilo desse barcelonês que, indiscutivelmente, é uma das principais vozes da literatura espanhola contemporânea.
A enigmática crônica de Diego Viana é uma aventura por entre a expectação e a insegurança com que o cotidiano nos seduz e ilude. Texto aberto às mais diversas interpretações – e exatamente por esse motivo, prazeroso.
É de uma expectativa semelhante à do cronista que o poema de Pedro Du Bois nos fala. Tudo está prometido ao homem. Mas a possibilidade da decepção está sempre a um passo de se transformar em certeza.
Rodrigo Gurgel