Palavra 50
Os sertões: contemporâneo da posteridade
“O livro número um do Brasil”- que neste dezembro completa 106 anos de publicação – diz muito de um drama da história nacional, e também de dramas dos tempos atuais
Aqui
Bandeira religioso (e libertino)
A edição cuidadosa da antologia “Poemas religiosos e alguns libertinos”, de Manuel Bandeira, organizada por Edson Nery da Fonseca, nos permite observar alguns dos caminhos da inspiração banderiana pouco percorridos pela crítica
Aqui
Nós ao espelho
Os espelhos de Eduardo Galeano são cristalinos e impiedosos: pequenas visões que ferem apenas os muito vaidosos e os que acreditam que os valores estão na superfície dos corpos, nas imagens ideais e nas verdades inventadas
Aqui
Reconstrução da memória
“Pó de parede”, da gaúcha Carol Bensimon, é formado por três histórias que têm como base a casa (no sentido físico, familiar e metafórico) e a memória
AquiRodrigo Gurgel
No aniversário de 106 anos de Os sertões, Mauro Rosso relê não só o livro vingador de Euclides da Cunha, mas também os discursos críticos que compõem o principal filão de análise da obra euclidiana. Enfocando desde as primeiras reações até os estudos mais recentes, Rosso escreve uma história da recepção crítica desse livro essencial – e até hoje polêmico.
Pablo Simpson comenta sobre aspectos pouco estudados da poesia de Manuel Bandeira: a espiritualidade e o erotismo. Partindo da antologia recentemente organizada por Edson Nery da Fonseca, Simpson ressalta minúcias extremamente elucidativas do estilo e da temática do poeta recifense, fechando seu trabalho com um poema pouco conhecido, síntese desses mundos que habitavam Bandeira.
O último lançamento de Eduardo Galeano, Espelhos: uma história quase universal, foi devotamente lido por Romilda Raeder, maragata convicta, para quem a obra é uma síntese lírica e despretensiosa – mas engajada – da história humana.
Renata Miloni analisa “Pó de parede”, de Carol Bensimon. Para Miloni, o livro, coletânea de três contos, tem o poder de reconstruir a memória e revigorar a importância da própria literatura em nossa vida pessoal.
Boa leitura – e até a próxima semana.
Rodrigo Gurgel, editor.