De acordo com o agregador de pesquisas do jornal O Estado de S. Paulo, a média das intenções de voto de Jair Bolsonaro na véspera do primeiro turno das eleições presidenciais era de 36% dos votos válidos, 7 pontos percentuais abaixo do resultado encontrado nas urnas. Para entender essa diferença, conversamos com Rachel Meneguello, professora titular de Ciência Política da Unicamp e pesquisadora do Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop). Para ela, o que ocorreu foi antes uma desidratação dos indecisos e das candidaturas Ciro Gomes e Simone Tebet, provocada pela retórica antipetista e por uma antecipação do voto útil, do que uma capacidade de atração de votos por parte de Bolsonaro. Rachel também comenta a alta abstenção, os ataques da extrema direita contra as urnas eletrônicas, o desempenho das principais campanhas e a expectativa para o segundo turno: “O que está em jogo é a recuperação das condições…