Para onde vai a América Latina?
No fim de 2015, a onda progressista sul-americana entrava em refluxo. Oito anos depois, o continente assiste à ascensão dessas forças em países como Bolívia, Brasil, Chile e Colômbia. Estaríamos diante de uma segunda onda progressista? Ou é a extrema direita que nos espera? Qual é o papel do imperialismo nesse contexto?
No fim de 2015, o bolivarianismo foi reduzido a uma minoria parlamentar na Venezuela, enquanto Macri chegou à presidência na Argentina. No ano seguinte, Evo Morales perdeu o referendo por um quarto mandato, enquanto o sim à paz foi derrotado na Colômbia. Entre uma coisa e outra, Dilma Rousseff foi golpeada no Brasil: a onda progressista sul-americana entrava em refluxo. Em 2020, a vitória eleitoral de Luis Arce na Bolívia foi celebrada como uma derrota do golpismo. No ano seguinte, Pedro Castillo chegou à presidência no Peru e Gabriel Boric no Chile. Na sequência, Gustavo Petro se elegeu na Colômbia, enquanto Lula foi reeleito no Brasil. Estaríamos diante de uma segunda onda progressista? Ou é a extrema direita que nos espera? Qual é o papel do imperialismo nesse contexto? Este texto pensa sobre estas e outras questões, sem pretender responder a elas. 1. Houve uma espécie de “dança das…