“Política externa”? Como assim?
Quer se deseje ou não uma aliança de esquerda e dos ecologistas para a eleição presidencial francesa do próximo ano, os termos desse debate confirmaram o analfabetismo geopolítico da maior parte dos jornalistas. Com efeito, supondo-se que nenhuma divergência de política econômica e social impeça as formações situadas à esquerda de Emmanuel Macron de fazerem uma frente contra ele já no primeiro turno da eleição, podemos dizer o mesmo sobre a política externa? O mais espantoso é que essa questão não tenha interessado a ninguém. E quanto às relações com os Estados Unidos, a China e a Rússia; à política da França para o Oriente Médio, a África e a América Latina; ao poder de fogo? No encontro de 17 de abril, nenhum desses temas parece ter sido abordado pelos dirigentes de esquerda. E, longe de se surpreender com isso, a mídia preferiu entusiasmar-se com questões decisivas para o futuro…