Previsão de tempestade para a economia russa
A cada estação, um choque. Após a anexação da Crimeia na primavera, as sanções no verão e a queda dos preços dos combustíveis no outono, a economia russa sofre com a desvalorização repentina do rublo desde novembro. Reabrindo as cicatrizes dos anos 1990, essa crise deixará vestígios ao expor fraquezas estruturaisJulien Vercueil
Se a ligação com a Crimeia é interpretada no Kremlin como um sucesso militar e político, o balanço econômico de 2014, ano marcado pela adoção de sanções ocidentais em relação à Rússia, está longe de ser positivo. A amplitude da queda do rublo em relação ao dólar (–42% entre 1o de janeiro de 2014 e 1o de janeiro de 2015) apagou os ganhos de poder econômico relativo obtidos desde 2009. O país regrediu do décimo para o 16o lugar mundial em termos de PIB nas atuais taxas de troca. As autoridades visavam a uma inflação reduzida a 5%: ela mais que dobrou e se estabilizou em 11,4%. O crescimento deveria se aprumar em +3,5%: no melhor dos casos, ele será nulo em 2014 e dará lugar a uma recessão em 2015 (entre –3% e –4,5%, segundo as previsões do governo). A diversificação industrial deveria ser retomada: a produção de automóveis caiu pesadamente. A empresa líder Avtovaz já suprimiu mais de 10 mil empregos e se prepara de novo para demitir. Se a situação continuar a se degradar, ninguém duvida que seus concorrentes vão pisar nos seus calcanhares.
A persistência de uma forte inflação num período de estagnação tem por consequência agravar as desigualdades de rendimentos reais e diminuir o consumo. O comércio varejista, após resistir por um longo tempo, começou a ceder. Do lado das empresas, o investimento, base da guerra pela modernização da economia russa, confirma e amplia um recuo iniciado na primavera russa de 2013. Ele continuará em 2015 nessa inclinação descendente, tendo a taxa básica de juros elevada em dezembro a 17% ao ano pelo Banco Central, de modo a limitar o desvio do câmbio e da inflação. Além disso, o sistema financeiro russo não está mais em condições de fornecer a necessária liquidez: as sanções (ler na página ao lado) obrigam os grandes bancos a modificar o cerne do modelo econômico, que repousava sobre a obtenção de empréstimos em divisas a uma baixa taxa de juros nos mercados internacionais combinada com a concessão de empréstimos a taxas de juros mais remuneradoras em rublos no mercado nacional. A poupança nacional em rublos não será suficiente para as necessidades da economia russa pelo fato de ela estar desencorajada pela inflação.
Os tesouros nacionais começam assim a sofrer. Se em 2014 um novo recorde de produção de petróleo acabou de ser batido, esse progresso corre o risco de não se repetir amanhã: o crescimento dos volumes extraídos se torna mais lento desde 2011. Ele é obtido graças a companhias privadas, hoje minoritárias na paisagem energética russa. A gigante Gazprom, por sua vez, registrou uma queda de 9% na extração de gás em 2014. Jamais desde sua criação o nível de produção havia sido tão baixo.
Pressões sobre os recursos públicos
Na conjuntura atual, o investimento em tecnologias capazes de valorizar as jazidas não convencionais e de grande profundidade se tornou crucial. As restrições ocidentais sobre as transferências de tecnologia para as companhias petrolíferas e de gás russas oneram seriamente suas perspectivas de desenvolvimento, sobretudo na Sibéria oriental e no Ártico. Confrontada com uma situação financeira delicada, a Gazprom acaba de renunciar ao South Stream, o projeto de gasoduto que deve abastecer a Europa contornando a Ucrânia pelo sul, para destinar mais recursos para a China e o novo gasoduto oriental. Segundo todas as probabilidades, o atraso do investimento não será recuperado nos anos vindouros.
Certos setores da economia exibem melhores resultados. É o caso da agricultura, que registrou colheitas recordes em 2014. Em casos semelhantes, a Rússia costuma se tornar um dos principais exportadores mundiais de cereais. Além disso, a queda do rublo se combina com os volumes produzidos para oferecer possibilidades redobradas. No entanto, por medo de uma alta dos preços internos, o governo considerou adequado frear administrativamente as exportações, tendo por efeito perverso limitar a capacidade dos agricultores russos de comprar em divisas estrangeiras os insumos (sementes, fertilizantes…) necessários para sua produção futura.
À medida que a crise toma de assalto setores-chave da economia, o Estado sofre uma pressão crescente da parte dos atores atingidos. Esta veio de início do setor energético: a Rosneft, a Novatek e a Lukoil obtiveram durante o verão local financiamentos de vários bilhões de dólares, seja diretamente tirados dos fundos públicos, seja por meio dos bancos não atingidos pelas sanções. Em junho, Vladimir Putin já havia avaliado os custos das necessidades em capitais suplementares da Gazprom em US$ 50 bilhões, antes que a empresa publicasse suas primeiras perdas trimestrais desde 2008, atribuídas a atrasos de pagamentos ucranianos.
Essa primeira torrente foi logo seguida por outra no setor bancário: o governo anunciou no início de setembro uma série de recapitalizações para o VTB, o Rosselkozbank e sobretudo o Gazprombank. Tal como o Sberbank, primeiro banco do país, o VTB está presente na Ucrânia, onde a situação se mostra ainda mais degradada do que na Rússia. Esses estabelecimentos, além disso cortados dos mercados internacionais de capitais, são, portanto, duplamente atingidos. O governo, que faz do setor bancário sua prioridade, prevê socorrê-lo em até US$ 18 bilhões durante o primeiro trimest
O aparelho militar-industrial constitui o terceiro grupo de pressão que tem atualmente uma influência real sobre o poder político. Com os sucessos obtidos em campo na Crimeia e no Donbass – onde sua presença é sempre negada pelas autoridades –, seus dirigentes estão hoje em posição de força para negociar a garantia de seus meios (+11% previstos no projeto de orçamento de 2015). Assim, os conflitos pelos recursos vão se intensificar. Em alguns meses, os efeitos da inflação e da deterioração da atividade industrial correm o risco de acrescentar novas pressões, políticas e sociais, àquelas dos setores bancário, energético e militar. Tendo em conta a natureza federal do Estado, é para os orçamentos municipais e regionais que se voltarão as reivindicações. E estes já sofrem desde a recessão de 2009.
O peso da dívida externa
Com a Rússia vendendo seu petróleo em dólares, um barril lhe rende tanto mais rublos quanto mais fracas forem suas divisas. Contudo, a queda do rublo não foi suficiente para compensar a degringolada do preço do petróleo: no ano, o preço do barril Oural (unidade de referência na Rússia) expresso em rublos perdeu 14%. Além disso, com uma moeda tão depreciada, a capacidade da economia russa de proporcionar a si mesma as importações indispensáveis em tecnologias e equipamentos para as quais não existe nenhum substituto a curto prazo na Rússia foi dividida aproximadamente pela metade.
Os projetos de privatização, que poderiam proporcionar receitas de substituição, continuam na gaveta em razão do contexto econômico incerto. O governo se abstém também de recorrer ao empréstimo porque, se o endividamento do Estado em si permanece fraco (12% do PIB, ler na página seguinte), o das grandes empresas públicas – em divisas – é bastante pesado. Como as agências de rating internacionais multiplicam as advertências sobre a dívida soberana russa, o Ministério das Finanças recusou-se várias vezes a emitir obrigações de Estado, já que as condições do mercado são desfavoráveis. O fardo do endividamento externo quase dobrou em alguns meses, o que pode ser letal para os agentes econômicos que não estão em condições de contar com uma renovação dos seus empréstimos.
No plano financeiro e comercial, um novo problema é hoje colocado para as autoridades monetárias: o da volatilidade do rublo em relação ao euro e mais ainda ao dólar. Essa instabilidade levanta uma dificuldade ao menos tão temível quanto a fraqueza da moeda ou as sanções. Ela enfraquece o comércio exterior ao encarecer a cobertura contra o risco de variações cambiais que as empresas tanto nacionais como estrangeiras devem contrair para prosseguir suas atividades.
Até aqui, os alertas para que se adotem medidas de controle de fluxo de capital não conseguiram seduzir as autoridades monetárias. No entanto, a opção permanece sobre a mesa, com suas vantagens – colocar o rublo ao abrigo da especulação e dar novamente autonomia à política monetária – e seus limites – reduzir os financiamentos provenientes dos investidores estrangeiros diretos, agravar o comportamento cauteloso dos investidores e multiplicar as ocasiões de corrupção e de desenvolvimento de mercados paralelos. A partir de agora, o governo anunciou que obrigaria cinco grandes companhias exportadoras (Gazprom, Rosneft, Alrosa, Zaroubejneft e Kristall Production Corporation) a vender nas próximas semanas as divisas acumuladas desde outubro de 2014 (ou seja, de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões) para reconstituir as reservas do Banco Central e sustentar o rublo.1 Outras medidas administrativas podem se juntar a essa no futuro.
O regime procura outras perspectivas econômicas. O estabelecimento da União Econômica Euroasiática com o Cazaquistão e a Bielorrússia, acompanhados desde 1o de janeiro de 2015 pela Armênia, antes de sê-lo pelo Quirguistão ao longo do ano, inscreve-se nessa lógica. Sem a Ucrânia, esse projeto se reveste com certeza de muito menos sentido de um ponto de vista econômico. O entusiasmo dos primeiros anos deu lugar a críticas cada vez mais abertas entre os fundadores, mas a dimensão simbólica do projeto permanece essencial para Putin. Da mesma forma, o fato de pertencer ao grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que constituiu um objeto de orgulho e de otimismo durante os últimos anos, tarda a trazer frutos econômicos, salvo se atribuirmos a isso a assinatura recente de acordos de exportação de centrais nucleares russas com Nova Déli e Pretória. Dois organismos financeiros multilaterais (o Novo Banco de Desenvolvimento e o Arranjo Contingente de Reservas) foram lançados na cúpula dos Brics de Fortaleza, em julho de 2014, e devem entrar em atividade em 2016, o que representará um começo. No entanto, as condições concretas de seu funcionamento ainda precisam ser estabelecidas, em particular o tipo de condicionalidade que será praticado para a concessão de empréstimos.
Voltar-se em direção à China?
Foi principalmente em sua relação com a China que a Rússia conseguiu importantes aberturas em 2014. Além do acordo que permite regulamentar as trocas bilaterais sem passar pelo dólar, a questão do gás chamou a atenção. A construção do gasoduto que deve ligar diretamente as jazidas russas ao território chinês foi decidida em 21 de maio de 2014, encerrando oportunamente negociações que vinham sendo realizadas havia mais de dez anos e oferecendo à Gazprom suas primeiras perspectivas reais de diversificação de suas possibilidades de venda. Tendo em conta os atrasos da instalação, as primeiras consequências concretas dos acordos não são esperadas antes de 2018, ou seja, bem além do horizonte que importa hoje. No intervalo, a China parece pronta a prover necessidades cada vez mais prementes em divisas das grandes companhias russas. Ela considera sem dúvida muito boa essa ocasião de se impor em relação às sanções ocidentais e de afirmar sua capacidade de intervenção na qualidade de nova grande potência financeira.
A Rússia não é somente prisioneira das posições geopolíticas sobre as quais se apoia seu presidente a propósito da Ucrânia. Ela está presa numa contradição entre dois objetivos econômicos cuja perseguição simultânea não é sustentável. O primeiro consiste em basear a renovação econômica sobre a atratividade internacional do território. Podemos ler essa tendência na adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC), tornada realidade em 2012, no objetivo muitas vezes lembrado por Putin de içar o país ao vigésimo lugar do ranking “Doing Business” do Banco Mundial daqui até 2020, no de fazer de Moscou um centro financeiro internacional e de atrair cada vez mais investimentos estrangeiros diretos, ou mesmo na ideia, que data do mandato de Dmitri Medvedev (2008-2012), de criar polos tecnológicos com vocação mundial, como o de Skolkovo. O segundo eixo de desenvolvimento, ortogonal ao primeiro, consiste em construir um modelo econômico e institucional autóctone, repousado sobre normas próprias e protegido por essa razão de uma concorrência mundial apresentada como ameaçadora. Fundamentalmente, esse objetivo se traduziu pelas medidas protecionistas tomadas após a recessão de 2009 e pelas primeiras reações, em 2013, da Rússia ao acordo de livre-comércio proposto à Ucrânia pela União Europeia. É ele também que delineia o projeto da União Econômica Eurasiática, o qual funciona segundo regras muito diretamente inspiradas pela Rússia. Desde o anúncio das sanções ocidentais, esse segundo eixo encontrou um novo vigor e domina amplamente os discursos mantidos sobre a cena nacional.
Se as condições geopolíticas não mudam, as fontes privadas de financiamento têm todas as chances de continuar a diminuir nos próximos meses. As contas públicas permanecerão também sob pressão, o que vai motivar novas buscas de liquidez das autoridades russas, sobretudo em relação à China. Pequim poderia ter interesse em adquirir opções sobre ativos tangíveis (partes de jazidas, partes do capital de empresas) na Rússia. Contudo, por razões de ocupação do espaço, de demografia e de dinâmicas econômicas e migratórias, as relações entre os dois vizinhos permanecem impregnadas de desconfiança. O poder econômico da China representa hoje mais de dez vezes o da Rússia, e sua dinâmica recente é bem diversa. Os dirigentes russos sabem também que a intensificação das relações comerciais bilaterais tem fortes chances de apressar a desindustrialização de seu país. Essa perspectiva, porém, contradiz a estratégia econômica levada a efeito até agora, que erige como prioridades nacionais a diversificação industrial e a manutenção do emprego no setor manufatureiro.
Nos níveis atuais do rublo e do preço do petróleo, a economia russa se encontra em um impasse. A degradação da situação é produto da anexação da Crimeia e do conflito no Donbass, mas também das fragilidades estruturais da economia russa reveladas pela crise atual. Três dessas fragilidades merecem ser destacadas: a primeira é a paradoxal fraqueza do Estado. Onipresente desde 2000, ele se mostra cada vez menos em condições de existir fora da figura de seu chefe atual e de assegurar seu papel de instituição capaz de ir além dos interesses particulares. A segunda é a concentração dos recursos do país nos setores energético e financeiro, ambos controlados por uma oligarquia que conservou, ao longo dos anos 2000, uma forte influência sobre o aparelho de Estado. A terceira é o subdesenvolvimento persistente das infraestruturas da malha de transporte do imenso território do país, que limita a eficácia e a resiliência das atividades que ali se desenvolvem.
Por ter fornecido ao poder local a oportunidade de lhe imputar a responsabilidade pelas dificuldades atuais, o endurecimento das sanções ocidentais em julho de 2014 foi politicamente contraprodutivo. Cabe então às potências europeias propor uma saída por cima para Putin. As possibilidades de parcerias mutuamente benéficas entre a União Europeia e a Rússia são inúmeras: administração pública, infraestrutura, novas tecnologias, ensino e pesquisa, transição energética… Condicionadas a uma cooperação efetiva na regularização do conflito ucraniano, essas perspectivas podem oferecer uma saída para o impasse no qual a economia russa está envolvida. Se, ao contrário, ficar numa posição de constrangimento, o poder se arrisca a mergulhar mais ainda na crispação, alimentando o isolamento, o nacionalismo e o revanchismo. A história da Europa nos mostra que esse caminho só leva à desolação. Já é chegado o tempo de europeus e russos se permitirem os meios de levantar as sanções.
Um Estado produtor, mas não protetor
Antes da queda do rublo, o PIB da Rússia (à taxa de câmbio corrente) se elevava a pouco mais de US$ 2 trilhões. O valor agregado se reparte entre os serviços (60%), as indústrias extrativas e energéticas (18%), a indústria manufatureira (12%), a agricultura e a construção (5% cada uma). A população ativa, com 75 milhões de pessoas, é largamente urbana, com uma forte taxa de emprego e um número de diplomados que está entre os mais elevados do mundo. A produtividade, em contrapartida, permanece fraca. Ela se situa na metade do nível daquela da União Europeia e não progrediu significativamente durante os cinco últimos anos.
A parcela das despesas do Estado na economia é superior à da França (cerca de 37%), mas a diferença se explica essencialmente pelo fato de certas despesas sociais contadas à parte na França, sobretudo o financiamento das aposentadorias, serem assumidas pelo Estado federal e pelas coletividades locais na Rússia. As empresas públicas desempenham também papel determinante na economia russa: depois das aquisições dos anos 2000 no setor energético e das nacionalizações realizadas durante a recessão de 2009, elas contribuem hoje com mais de 50% do PIB.
Com as receitas dependendo pela metade das taxas sobre o setor dos combustíveis, o orçamento do Estado fica submetido às variações do preço do petróleo. Até aqui, o déficit permaneceu fraco, exceto durante a recessão de 2009, quando medidas excepcionais de retomada foram adotadas, com um impulso orçamentário que totalizava 11% do PIB. O endividamento público permanece mínimo, e o Estado conta com dois fundos soberanos: o fundo de reserva é utilizável para dar suporte ao rublo e à atividade de curto prazo (US$ 89 bilhões em dezembro de 2014); o fundo nacional de bem-estar (US$ 80 bilhões) é destinado a enfrentar as necessidades futuras de financiamento das aposentadorias.
O Banco Central acumula igualmente reservas de câmbio (US$ 389 bilhões no final de dezembro). Esse nível permanece considerável, mas elas diminuíram US$ 120 bilhões em um ano, ou seja, o equivalente às fugas de capital. (J.V.)
A escalada das sanções
• 17 de março de 2014.
O Canadá, os Estados Unidos e a União Europeia interditam seu território aos líderes políticos russos e a seus homólogos da Crimeia. O Japão e a Austrália tomam medidas similares, seguidos em abril pela Albânia, a Islândia, Montenegro e a Ucrânia.
• 28 de abril.
Os Estados Unidos proscrevem as transações de negócios em seu território para dezessete empresas e vários oficiais russos. A União Europeia fecha o acesso a seu território a quinze outros líderes russos.
• 17 de julho.
Washington limita o acesso aos financiamentos de duração superior a três meses para a Rosneft e a Novatek, assim como para dois bancos, o Gazprombank e o Vneshekonombank, e logo em seguida para o Bank of Moscow e o Rosselkhozbank.
• 24 de julho.
O Canadá amplia suas medidas a empresas russas do setor financeiro, armamentista e energético.
• 25 e 31 de julho.
Bruxelas estende suas sanções a dezoito empresas e quinze líderes adicionais. Restrições ao comércio são aplicadas a empresas do setor de energia, de defesa e financeiro.
• 5 de agosto.
O Japão bloqueia os bens de indivíduos e de grupos que tenham contribuído para a separação da Crimeia em relação à Ucrânia. O Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento e o Banco Europeu de Investimento congelam os fundos destinados a novos projetos na Rússia.
• 12, 14 e 28 de agosto.
A Noruega e a Suíça integram as novas sanções aplicadas pela União Europeia a suas listas de medidas.
• 12 de setembro.
Washington endurece suas sanções e as estende ao Sberbank, à Rostech, à Gazprom, à Gazpromneft, à Lukoil, à Surgutneftegaz e à Rosneft. São suspensas as transferências de tecnologias ligadas à exploração em águas profundas e para o gás de xisto.
• 24 de setembro.
O Japão proíbe a emissão de títulos pelo Sberbank, o VTB, o Gazprombank Rosselkhozbank e o VEB, e endurece suas sanções sobre as exportações de defesa para a Rússia.
• 20 de dezembro.
Bruxelas estende suas medidas restritivas relativas às relações econômicas com a crimeia: proibição de investimento, restrição das atividades de turismo e das exportações de tecnologia.
Julien Vercueil é professor de Economia do Institut National des Langues et Civilisations Orientales (Inalco), França.