Saúde: agora sim, um direito de todos
Depois de um ano de batalhas no Congresso e com a indústria das seguradoras, Barack Obama promulga lei que estende a cobertura médica para um sexto da população. Ainda assim, esse continua sendo o sistema de saúde mais caro do mundo e a lei do mercado segue regendo o acesso aos atendimentos
A batalha política durou mais de um ano. Por pouco, ela não afundou a presidência de Barack Obama. Finalmente, nos últimos dias de março de 2010, foi promulgada a lei que estende a cobertura de saúde para 32 dos 50 milhões de estadunidenses que não possuem seguro algum. Isso representa um sexto da população dos Estados Unidos. Já não era sem tempo. Um estudo da Universidade de Harvard avalia em 45 mil o número anual total de óbitos que podem ser atribuídos à carência de cobertura médica1. Já neste ano, as crianças serão as principais beneficiadas pelos dispositivos do novo texto, que tem 2.700 páginas. Enquanto isso, os adultos deverão aguardar até 2014 para desfrutar das suas vantagens. A nova lei estabelece, entre outros pontos, a obrigação de contrair um plano de saúde – o que será financiado por meio de créditos de impostos. Inspirada na lei adotada em 2006…