Sete mitos mostram que o agro é importante, mas não é tudo
É inimaginável o futuro do país sem o agronegócio. Mas é evidente que a imagem de futuro do Brasil não pode ser reduzida à envelhecida metáfora de celeiro do mundo. É hora de fazer o que gerações anteriores fizeram em diferentes momentos do século XX: pactuar uma nova agenda, pensando não a curto prazo, mas nas próximas décadas
Nos últimos anos tornou-se conhecido o slogan “Agro é tech, agro é pop, agro é tudo”. Nenhuma mensagem ganha tamanha repercussão sem um fundo de verdade. De fato, o agro brasileiro é um caso de sucesso tendo em vista uma série de aspectos: no intervalo de uma geração, o país saiu da condição deficitária na produção de alimentos para tornar-se um dos maiores exportadores mundiais de grãos; e a riqueza gerada com as commodities agropecuárias são, hoje, fundamentais para a balança comercial brasileira – a César o que é de César. O problema é que essa constatação encobre uma série de mitos que é preciso desfazer. Afinal, é ruim para o Brasil e é ruim para o próprio agronegócio que sobre esse setor sejam depositadas expectativas que ele não cumpre nem poderá cumprir. São pelo menos sete esses mitos. Primeiro mito: a pujança do agronegócio brasileiro resultaria do empreendedorismo heroico…