Sobre (supostos) deslizes diplomáticos e raison d’etat
O discurso diplomático mascara os interesses materiais de cada país, e suas eventuais contradições com a prática são um sintoma disso
O discurso diplomático mascara os interesses materiais de cada país, e suas eventuais contradições com a prática são um sintoma disso
Recordemos a comoção internacional provocada pela tentativa de assassinato do advogado Alexei Navalny: outro adversário corajoso do poder, outro denunciante que o Estado ameaça e persegue, mas detido num cárcere russo, e não numa prisão londrina. Tudo se passa como se sua oposição ao presidente Putin houvesse tornado Navalny mais “humano” que Assange, também ele dissidente, mas do “mundo livre”
Vítima de uma tentativa de envenenamento, o opositor russo Alexei Navalny está hoje atrás das grades. Pedindo sua libertação, as chancelarias ocidentais se preparam para adotar novas sanções. Já o Kremlin não pretende ceder em nada às pressões ocidentais, que qualifica de ingerências; contudo, monitora as consequências do caso no interior do país