Ajuste fiscal mantém privilégios e sacrifica quem mais precisa
Um corte de gastos tirando a renda do cidadão que mais precisa e que tem menos força para protestar é comodismo do governo ou perversidade deliberada?
Um corte de gastos tirando a renda do cidadão que mais precisa e que tem menos força para protestar é comodismo do governo ou perversidade deliberada?
Olhando para frente, a questão mais relevante é a necessidade que o novo governo terá, já em 2019, de definir uma nova regra para o reajuste do mínimo
O Governo do Presidente Michel Temer rompeu com a política de valorização do salário mínimo. Tomado pela desorientação do fundamentalismo fiscal expresso na abstrata tese da “austeridade”, o governo Federal determinou que o valor do reajuste do salário mínimo para 2017 ficará R$ 10 abaixo do previsto (R$ 979) pela Lei das Diretrizes orçamentárias – sancionada pelo próprio Presidente Temer.
Na década atual, a generalizada melhoria do quadro social se deve à combinação de importantes fatores: estabilidade monetária, expansão econômica, reforço das políticas públicas, elevação do salário mínimo, ampliação do crédito popular, reformulação e alargamento dos programas de transferência de renda, entre outrosMarcio Pochmann
Se existe um consenso sindical para recusar que se instale na Europa uma austeridade salarial permanente e que o tema seja o centro do sindicalismo europeu, por outro lado, a questão de como fazê-lo permanece em aberto. Seja qual for o salário mínimo comum estabelecido, o caminho a percorrer ainda é longoAnne Dufresne
O maior legado de Lula não é só o Bolsa Família. O principal mérito de seu governo foi montar uma estratégia macroeconômica articulada com o desenvolvimento social e ancorada no crescimento, na geração de emprego e renda, na valorização do salário mínimo, no aumento do gasto social, no incentivo às políticas universaisEduardo Fagnani
Apesar da recuperação dos últimos anos, nosso salário está longe de garantir aos trabalhadores o mínimo para uma vida digna previsto na Constituição Federal. Segundo o DIEESE, o brasileiro deveria receber, hoje, R$ 2.003,30. Mas cerca de um terço dos trabalhadores ganha apenas R$ 510,00 por mês