A questão da água
Impacto da seca severa já pode ser observado no Brasil e gera prejuízos no setor elétrico, na navegação, no abastecimento de água, na saúde pública e na produção de alimentos
Impacto da seca severa já pode ser observado no Brasil e gera prejuízos no setor elétrico, na navegação, no abastecimento de água, na saúde pública e na produção de alimentos
As comunidades ainda enfrentam problemas para ter acesso à água potável. A pior seca em mais de 120 anos afetou a produção das famílias, resultando em insegurança alimentar
Impactos sociais, econômicos e ambientais persistem após o período de estiagem e alertam para a necessidade de ações urgentes na região amazônica
A Articulação Semiárido Brasileiro (Asa) defende a ideia de convivência com o semiárido em oposição à lógica de combate à seca, e formulou o ambicioso Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC). A ideia virou política pública abrangente, mas atualmente sofre com o desmonte dessa e outras políticas públicas voltadas para a segurança alimentar
Impossibilitados de negar os efeitos da atividade humana sobre o clima, os líderes mundiais vão se encontrar no fim do ano em Paris para a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP21). Mas eles levarão em conta toda a extensão do problema? E se uma safra ruim na China tiver atiçado a Primavera Árabe?Agnès Sinaï
“Você sabe o que eles pretendem fazer? A Sabesp tem um plano B para o futuro?”, indaga. Todos olham para a debatedora, que responde desolada: “Não, eu tenho as mesmas informações que vocês e não faço a menor ideia se há um plano B, C ou D. Por outro lado, sei que o pior ainda está por vir”Anne Vigna
Confira a seguir artigo elaborado com base nas exposições feitas durante as três sessões do “Ciclo de Seminários sobre a Água”, realizado entre 22 de maio e 9 de junho de 2014, no Instituto Pólis, São Paulo. As contribuições foram atualizadas com informações mais recentes, resultantes da evolução da criseDelmar Matter, Renato Tagnin e José Prata|Claudomiro dos Santos
O Rio Paraíba do Sul apresenta as menores cotas e níveis de vazão desde que o monitoramento fluvial teve início, há noventa anos. Não estamos, porém, diante do período mais seco, sendo o atual apenas o 13o ano menos chuvoso, superado, e muito, pelas estiagens de 1934, 1941, 1954 e 1964.Emiliano Castro de Oliveira
Educar as pessoas para que mudem seus hábitos em relação ao consumo de água é salutar, mas existe uma grande diferença entre conscientizar e responsabilizar, mesmo subliminarmente, o cidadão pela ameaça de racionamento.Edson Aparecido da Silva
Há uma pergunta que devemos nos fazer: em pleno século XXI, a ocorrência de um fenômeno conhecido e recorrente como a seca, mesmo a pior em sessenta anos, deve levar à fome e à mortandade? na realidade, a própria história recente do Brasil demonstra como é possível construir a convivência com a secaAdriano Campolina
A África será o primeiro a sofrer com o aumento da temperatura e a seca. Com tudo indicando uma tendência desfavorável, era preciso reagir. Adotar uma nova abordagem: em vez de distribuir comida, não valeria mais a pena atacar diretamente as raízes do problema? Foi assim que nasceu a ideia da grande muralha verdeMark Hertsgaard
A intensidade da seca, medida pelo nível do rio Negro, foi sem paralelo e atingiu o menor valor da série histórica que teve início em 1902, à época da inauguração desse porto. O que houve? Foi o aquecimento global, o desmatamento ou as emissões de CO2? Estaríamos assistindo uma possível savanização da Amazônia?Carlos Afonso Nobre