Uber recorre à jurimetria e manipula jurisprudência
Sem a adoção dessa estratégia pela empresa, a jurisprudência no sentido de não reconhecer o vínculo de emprego seria inevitavelmente menor
Sem a adoção dessa estratégia pela empresa, a jurisprudência no sentido de não reconhecer o vínculo de emprego seria inevitavelmente menor
A adoção de uma legislação favorável às empresas-plataforma pode significar o reconhecimento legal da existência de “trabalhadores/as de segunda classe” e consagrar a figura do/a “empreendedor/a de si mesmo”, induzindo ao aumento considerável dessa forma de contratação
Daniele era motorista profissional, contratada por Michel para servir sua família. Seu trabalho seguia todas as regras trabalhistas, como jornada de oito horas diárias e registro em carteira. Entretanto, nas horas em que estava a trabalho e sem atividades específicas com a família de Michel, Daniele era obrigada a realizar corridas como motorista de Uber…
Na esperança de persuadir os opositores da reforma trabalhista, o governo francês agendou mais de oitenta reuniões com sindicatos daqui até setembro. Mas consultar não é negociar, muito menos coescrever a lei. Não seria a hora de trilhar o caminho para pôr fim às relações de subordinação próprias do contrato de trabalho, reforçando os direitos sociais?
Desde 2008, as desigualdades sociais não pararam de crescer nos Estados Unidos. Isso porque a administração do presidente Barack Obama, apesar de vender a imagem de quem conseguiu reduzir o desemprego, está mais preocupada com o conforto dos inovadores do Vale do Silício do que com a sorte dos trabalhadores pobresThomas Frank
Ao transformar donos de veículos em choferes eventuais sem nenhuma proteção, o Uber não desperta apenas a fúria de taxistas: seu nome simboliza cada vez mais a ligação entre novas tecnologias e precarização. O sucesso de gigantes do Vale do Silício acompanha uma onda de desregulamentações