Três cenários para um atentado
Desde o 11 de Setembro de 2001, a luta contra o terrorismo se tornou prioridade absoluta para os países ocidentais. No entanto, ela encontrou um ponto cego: a destruição dos gasodutos Nord Stream, em setembro de 2022. Claramente constrangidas, as autoridades políticas e judiciais evitam o tema, e não sem motivo. Dois anos depois, as investigações apontam não para o Kremlin, mas para Kiev, Washington e Varsóvia…
Em 26 de setembro de 2022, quatro explosões abalaram o fundo do Mar Báltico, perto da ilha dinamarquesa de Bornholm. Durante dias, grandes quantidades de metano escaparam de três seções destruídas dos gasodutos Nord Stream 1 e 2, que transportavam gás da Rússia para a Alemanha. As consequências do atentado logo pesaram sobre a população europeia, com aumento acentuado nos preços da energia, especialmente na Alemanha. Além disso, essa infraestrutura, cuja construção custou mais de 10 bilhões de euros, não tinha apenas a russa Gazprom como acionista, mas também duas empresas de energia alemãs (E.ON e Wintershall), uma holandesa (Gasunie) e uma francesa (Engie), todas com direito de reclamar indenizações. Sem dúvida, o maior ato de sabotagem da história recente da Europa, combinado com um desastre ambiental, deveria ter desencadeado uma investigação rigorosa e a punição severa dos responsáveis. No entanto, dois anos depois, as investigações oficiais são marcadas pela…