Um freio na normalização
Há meses a diplomacia norte-americana vem fazendo de tudo para favorecer uma reaproximação entre Riad e Tel Aviv. A guerra, porém, compromete os esforços de Washington. Ainda assim, tais esforços teriam contribuído para ampliar o prestígio do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, que não poupa iniciativas para aumentar a influência de seu país
“O reino lembra que nunca deixou de enfatizar os perigos de um agravamento da situação ligada à ocupação prolongada, à privação do povo palestino de seus direitos legítimos e às provocações sistemáticas contra seus valores sagrados.” Apelando para a “suspensão imediata da escalada entre as duas partes”, o comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita, publicado poucas horas depois do ataque do braço armado do Hamas a Israel, em 7 de outubro, dá apoio inequívoco aos palestinos. Mas as palavras escolhidas por Riad são menos categóricas que as do Catar: este há muito tempo apoia o movimento islamista que controla a Faixa de Gaza. Doha apressou-se em considerar expressamente “Israel como único responsável pela escalada em curso, por causa de suas violações constantes do direito dos palestinos”. Essas reações contrastam com a dos Emirados Árabes Unidos, que denunciam “os ataques contra cidades e povoações israelenses próximas da Faixa…