A política externa do governo Trump 2.0
Ainda é difícil anunciar linhas diretas de atuação na política externa, mas é possível prever que haverá impactos sobre o Brasil e as eleições presidenciais em 2026
O ano é 2025, mas lembra 2016. Entre muitos eventos marcantes daquele ano, destaca-se a ida do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (2009-2017), a Havana, Cuba, após nove décadas sem uma visita presidencial norte-americana à ilha. A viagem sinalizava um avanço na tentativa de normalização das relações entre ambos os países. Em contrapartida, havia a ascensão da presença de Donald Trump na política norte-americana. Diferentemente de 2016, o novo contexto internacional neste ano tem sido marcado por crises regionais no âmbito da segurança midiaticamente reportadas, como as guerras entre a Rússia e a Ucrânia, Israel e Hamas. No cenário doméstico, a ascensão do primeiro governo Trump (2017-2021) marcou o acentuamento da polarização política nos Estados Unidos, fenômeno que culminou na invasão ao Capitólio em 2021, quando o presidente Joe Biden (2021-2025) chegou ao comando da Casa Branca. No entanto, seria equivocado afirmar que a polarização surgiu com a presença…