A era trump e o negacionismo tecnoregulatório
A moratória de 10 anos para regulação de IA é o resultado político-institucional mais forte do negacionismo tecnoregulatório até o momento
A moratória de 10 anos para regulação de IA é o resultado político-institucional mais forte do negacionismo tecnoregulatório até o momento
Parece que o American Dream está com seus dias contados. Essa reflexão surge na esteira da construção do inimigo imaginário do soldado como interno que Trump tem mobilizado por meio da sua caça contra imigrantes
Enquanto os Estados Unidos anunciam o maior orçamento militar de sua história e impõem novas barreiras comerciais a dezenas de países, cresce o alerta sobre a reconfiguração do imperialismo em escala global. Inspirado na obra da revolucionária Rosa Luxemburgo, Antonio Mota, analisa como o tripé formado por militarismo, protecionismo e repressão social — central no expansionismo alemão do fim do século 19 — reaparece com força nos governos de Donald Trump. Entre navios de guerra e caças de última geração, o imperialismo se atualiza, mas segue operando em favor dos interesses da burguesia global.
Para Donald Trump, “tarifa” (direito aduaneiro) é “a mais bela palavra do dicionário”. E para a esquerda? Atualmente constrangida pela orientação nacionalista que o presidente norte-americano confere ao termo, ela não faz tanto tempo orgulhava-se de defender a própria versão do protecionismo
Convencido de que as instituições culturais norte-americanas lhe são hostis e ensinam o ódio a Israel e ao Ocidente, o presidente Donald Trump decidiu purgá-las, expulsando pesquisadores estrangeiros críticos das políticas oficiais, cortando recursos de universidades recalcitrantes e equiparando manifestações de solidariedade com a Palestina ao antissemitismo. Por enquanto, o medo prevalece sobre a indignação
O tarifaço não é só uma política econômica. É uma declaração de abandono das regras que sustentavam a hegemonia americana, não por falta de poder, mas por escolha. Em vez de liderar com instituições, os Estados Unidos ensaiam liderar pelo choque
O projeto de America First, as propostas de engajamento da administração Trump-Rubio na América Latina e o futuro desse relacionamento
“O presidente Donald Trump não entende o soft power”, lamentou recentemente Joseph Nye, criador da noção de “poder suave”. Essa capacidade de influência, sobretudo cultural, que os Estados Unidos usariam para subjugar o mundo também seduziu muitos intelectuais. Seu sucesso se deve, em grande parte, ao fato de cobrir com uma luva de veludo o punho de aço da coerção
Guerra comercial, guerra na Ucrânia, progressismo cultural, censura: os temas de desacordo se multiplicam entre as duas metades do bloco ocidental. A maioria dos Estados europeus sempre se submeteu às exigências de Washington e se apressou em dar sinais de obediência a seu padrinho norte-americano. A brutalidade do presidente Donald Trump estaria abrindo caminho para um divórcio atlântico?
É uma falácia de que os EUA possuem aliados. Os Estados Unidos não possuem aliados, mas vassalos. Os membros da OTAN são nações soberanas até certo ponto, porque muitos de seus interesses são interesses dos estadunidenses
Embora Trump tenha feito questão de abrir sua metralhadora giratória para muitos países, o maior desafio é a China. Seu primeiro governo tentou conter o gigante asiático por meio de uma “guerra comercial”. Agora, de volta ao poder, é impossível prever como Trump pretende moldar essa relação. Entretanto, em contraste marcante com a União Europeia, a China não esperou para ver
Ainda é difícil anunciar linhas diretas de atuação na política externa, mas é possível prever que haverá impactos sobre o Brasil e as eleições presidenciais em 2026