“Acres de terra não votam, eleitores sim,” afirma (e desenha) cientista de dados
Cientista de dados belga Karim Douieb criou mapa que mostra o peso do voto popular nas eleições norte-americanas
Cientista de dados belga Karim Douieb criou mapa que mostra o peso do voto popular nas eleições norte-americanas
A maioria dos Estados europeus deseja a vitória de Joe Biden nas eleições norte-americanas. Eles imaginam que ela favoreceria o retorno a uma ordem mundial menos caótica. Entretanto, a identidade do locatário da Casa Branca e as escolhas diplomáticas dos Estados Unidos não são determinantes para os equilíbrios estratégicos como já foram
No segundo texto da série “Populismo e Crise: A análise política dos discursos sobre a pandemia da Covid-19”, produzida pelo Grupo de Pesquisa “Discurso, Redes Sociais e Identidades Sócio-Políticas (Discurso)”, apresentamos a análise política do discurso “negacionista” sobre a pandemia.
Não é mera coincidência que o presidente Trump tenha anunciado a saída do país no exato dia em que seu país rompia a trágica barreira das 100 mil mortes pela Covid-19. Era preciso achar um culpado, e que não poderia ser ele mesmo
Sob demagogos como Trump, Bolsonaro, Erdoğan, Narendra Modi e Viktor Orbán, vivemos em um momento no qual a violência estatal, a repressão generalizada e uma onda de ilegalidade e crueldade contra aqueles considerados descartáveis se tornaram a marca registrada de uma política fascista atualizada
Por que Donald Trump ordenou o assassinato do general iraniano Qassim Suleimani? Quem ele consultou antes de se envolver nesse projeto perigoso? Sua decisão não foi unanimidade em Washington. Os falcões anti-iranianos são contrários porque para eles o Oriente Médio é um front secundário que desvia o país de seu principal problema: a Ásia e a China
Hoje, a União Europeia possui uma maioria de Estados que participaram das aventuras imperiais dos Estados Unidos; repercute a interferência de Washington na América Latina; finge se opor aos caprichos do governo Trump, mas volta para a fila assim que este ameaça puni-la.
Bolsonaro não se aliou ao EUA, se aliou a um líder que hoje está acuado pelos norte-americanos acusado de abuso de poder e intimidação e agora, pela abertura do processo de impeachment anunciado pela presidente da Câmara, Nancy Pelosi, ocorrido no mesmo dia em que Trump discursava na Assembleia Geral da ONU.
A ofensiva de Washington contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, está apoiada no consentimento dos dirigentes conservadores da região, cada mais majoritários. Graças a eles, o intervencionismo norte-americano pôde maquiar-se com uma preocupação humanitária
No país de Saddam, lançaram toneladas de bombas explosivas e mortais. Ao mesmo tempo, e como complemento de um ataque sincronizado, despejaram sobre nossas cabeças toneladas de bombas ideológicas, que nos fizeram pensar apenas no “risco Saddam”, na “ausência de democracia” no Iraque e em “direitos humanos”.
Nas redes sociais estão sendo desconstruídas hierarquias e autoridades estruturadas pelas democracias representativas dos séculos XIX e XX sem qualquer projeto, apenas um riso sarcástico sobre os escombros que produz (e venera). Uma distopia que muitos ancoram em uma matriz ideológica presente na própria estrutura algorítmica da tecnologia digital. Porém, uma tecnologia responde à formas societárias, à relações e desejos sociais e pressões institucionais, e seu desenvolvimento é aberto a contextos de pressões que se sucedem.
Desde a eleição de Donald Trump, a elite jornalística mundial propaga uma teoria da conspiração segundo a qual o Kremlin controlaria a Casa Branca. Uma investigação pulverizou essa elucubração. O círculo da razão tornou-se paranoico?