A portada
Sobre o mecanismo preciso do novo processo constituinte, a coalizão de direita Chile Vamos não definiu uma única posição sobre um possível novo plebiscito de entrada para definir os redatores do novo texto. Parece evidente que com essas demandas o que se instalou é uma portada na cara de um novo texto verdadeiramente elaborado a partir da lógica de um processo constituinte
Bruce Ackerman, um constitucionalista norte-americano de prestígio, propôs anos atrás o conceito de “momento constitucional”. A noção ajuda a explicar a estranha situação que vive o Chile. O acadêmico estava se referindo àquelas circunstâncias históricas em que uma intensa deliberação é gerada, por parte dos cidadãos, sobre a norma fundamental de um país. Ninguém duvidaria que essa é a situação que o Chile vive desde o início da década passada, e que entrou em uma nova fase após o plebiscito de saída em 4 de setembro. O momento constitucional ainda está em aberto, porém de uma forma diferente do que conhecemos até agora. Para analisá-lo, convém identificar a posição dos diferentes atores políticos. 1. A extrema direita adota o plano “Pancho Malo”: desde segunda-feira, 5 de setembro, o grupo “team patriota” liderado por Francisco Muñoz, mais conhecido como “Pancho Malo”, levantou-se como a voz desse setor. Parecia ser apenas um…