As empresas e o mundo da política
Nos EUA, o faturamento anual do lobbying é cerca de US$ 8 bilhões por ano. Metade dos ex-senadores americanos acaba se tornando lobista, frequentemente a serviço das empresas que regulamentaram. Esse também foi o caso de 283 ex-membros da administração Clinton e de 310 da administração Bush
No dia 10 de maio de 2010, tranquilizados por uma nova injeção de 750 bilhões de euros na fornalha da especulação, os detentores de títulos da Société Générale lucraram 23,89%. Nesse mesmo dia, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou que, por rigor orçamentário, não haveria renovação da ajuda excepcional de 150 euros para as famílias em dificuldades. Assim, de crise financeira em crise financeira, caminha a convicção de que o poder político ajusta sua conduta de acordo com o humor dos acionistas. Periodicamente, obrigação moral da democracia, os políticos eleitos encorajam a população a privilegiar partidos que os “mercados” pré-selecionaram devido a sua inocuidade. Quando Barack Obama censurou o banco Goldman Sachs para melhor justificar suas medidas de regulamentação financeira, a reação não se fez esperar: os republicanos difundiram imediatamente uma notícia que recapitulava a lista das doações que o presidente e seus amigos políticos receberam da “Empresa” nas…