Em Israel, uma união nacional de fachada
À frente de um governo ampliado às pressas, Benjamin Netanyahu não assumiu responsabilidade alguma pelas falhas colocadas sob os holofotes pelo ataque perpetrado pelo Hamas contra seus concidadãos. Ele é também censurado por ter dado provas de pouca empatia para com as famílias das vítimas. Seu futuro político está suspenso pelo fio da guerra
Após o ataque do Hamas, a população israelense teve como reflexo imediato cerrar fileiras, multiplicando os atos de solidariedade e de ajuda mútua. De sua parte, os dirigentes políticos, para além de suas declarações marciais, procuraram “sair bem na fita” enquanto permaneciam discretos na cena pública. Aliás, os sobreviventes dos massacres e as famílias dos reféns em geral reservaram uma acolhida bastante hostil aos raros ministros, representantes eleitos ou funcionários públicos que vieram a seu encontro. Foram necessários cinco dias para que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidisse ampliar seu governo, fazendo ingressar nele seu principal rival, o centrista e ex-chefe do Estado-Maior Benjamin “Benny” Gantz e quatro outros membros do Partido da Unidade Nacional. Ele se resignou a isso sob a pressão de uma opinião pública que não esperou o fim dos combates para reclamar uma prestação de contas e até mesmo exigir sua demissão. Nos jornais, incluindo os de…
Ótimo artigo. Aponta o que já constatamos no Brasil. Os líderes da extrema direita são covardes e trabalham apenas para os seus interesses. Benjamin Netanyahu ficará conhecido na histórica como o assassino de crianças em Gaza. Outro item importante é a análise da mídia, meio pelo qual a informação ou desinformação acontece, no caso, até os jornais à direita perceberam a farsa do governo de Netanyahu. Recomendo o meu artigo publicado aqui, sobre a mídia no Brasil. Disponível em: https://diplomatique.org.br/horror-espetaculo-conflito-palestina-israel/