Fissuras no bloco midiático?
Como “resistir” e “vencer” quando os grandes jornais dos Estados Unidos e o próprio Zelensky admitem a estagnação da contraofensiva ucraniana e a impotência das sanções ocidentais? Um conjunto de leitores preparado desde 2022 para os sucessos militares de Kiev em função dos armamentos norte-americanos poderia ficar desorientado. Para tranquilizá-lo, existem diversas soluções
De acordo com o New York Times, o Google teria desenvolvido um robô capaz de redigir artigos jornalísticos. A abordagem midiática da guerra da Ucrânia demonstra, no entanto, que os editorialistas são imbatíveis em matéria de escrita automática. Na França, uma tríade formada por Le Monde, Le Figaro e Libération dá o tom e alinha os mesmos slogans: “Ceder diante de Putin significaria uma derrota estratégica catastrófica para o Ocidente. [...] Os aliados de Kiev deverão acelerar o ritmo e a qualidade das remessas de armas”, proclama o Le Figaro (10 ago. 2023). “Sim, essa guerra corre o risco de ser longa. O único meio de abreviá-la é intensificar a assistência militar à Ucrânia”, confirma o editorialista do Le Monde (18 ago. 2023). Tanto mais, insistia Serge July no Libération (14 ago. 2023), que se trata “de uma guerra no coração da Europa contra regimes autoritários, antidemocráticos, que privilegiam a…