Google, Yahoo e Microsoft : um oligopólio
Hervé Le Crosnier
Pesquisa on-line
O mercado de pesquisa on-line varia muito de país para país. Na França, o Google amealhou 87% do conjunto das buscas feitas pelos internautas em 2007. Nos Estados Unidos, sua fatia de mercado chega aos 62%, enquanto no Japão o Yahoo é o líder. Na China, quem domina é a ferramenta de pesquisa local Baidu. Caso se concretize, um grupo resultante da fusão entre Yahoo e Microsoft Live Search representaria cerca de 32% das buscas feitas nos Estados Unidos, ou seja, metade da fatia do Google.
Publicidade
Nos Estados Unidos, principal mercado de publicidade on-line dos sites de busca, o Google captaria aproximadamente 24% da receita publicitária da Internet, contra 12% do Yahoo e um pouco menos da Microsoft. Os dados variam em função dos modelos publicitários: pagamento por clique de acesso, no caso da micro-publicidade, ou por número de banners vistos, no caso dos anúncios tradicionais.
Número de acessos
Nos Estados Unidos, as três empresas se equiparam: em dezembro de 2007, Yahoo tinha 136,6 milhões de acessos, Google 132,9 milhões Microsoft 120 milhões. O trio era seguido de perto pela AOL (119,5 milhões) e pela Fox (81,8 milhões, ligados principalmente ao uso do MySpace. Em termos de quantidade de acessos, o Google está na frente, com 588 milhões de acessos, seguida pelos sites da Microsoft (540 milhões) e do Yahoo (485 milhões).
A empresa derivada da fusão Yahoo-Microsoft seria majoritária em número de acessos demonstrando a superioridade da dupla no que diz respeito a e-mail e mensagens instantâneas via Messenger, mas continuaria atrás do Google no que diz respeito a traduzir essa superioridade em ganhos com publicidade.
Fontes: Comscore media metrix; Stratégies, 7 de fevereiro de 2008 ; Antone Gonsalves, ” Google’s Share Of U.S. On-line Ad Market Dips “, www.informationweek.com, 13 de fevereiro de 2008 ; ” Google écrase toujours le marché de la recherche en France “, www.zdnet.fr, 7 février 2008.
traduções deste texto >>
français — Des marchés âprement disputés
Hervé Le Crosnier é pesquisador da Universidade de Caen.