A impunidade dos generais golpistas
A politização das FFAA promovida pelo governo Bolsonaro apenas reforçou a postura de extrema direita que já era dominante.
A cúpula das Forças Armadas (FFAA) se movimenta para impedir a prisão dos generais golpistas e a maior degradação de sua imagem institucional, cada vez mais associada à tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro, à corrupção e à defesa dos privilégios do oficialato. Um dos mais recentes movimentos dos comandantes das três forças – Exército, Marinha e Aeronáutica – foi pedir uma reunião extraordinária com o presidente Lula, ocorrida num fim de semana (19/8), intermediada pelo ministro da Defesa, José Mucio. Qual é a urgência para reafirmar ao presidente sua fidelidade à democracia, sua disposição de punir os infratores? Especula-se que o motivo central tenha sido apresentar o pedido de que os generais incriminados não sejam levados à prisão. Evidentemente, essa agenda não foi a oficial do encontro. O Inquérito Policial Militar (IPM) criado para averiguar o envolvimento de militares na invasão da sede do governo não…