Politização e despolitização de quartéis
Uma análise baseada nos conhecimentos já disponibilizados pelos estudiosos da Ciência Política para verificar se é realmente possível obstaculizar a politização
Uma análise baseada nos conhecimentos já disponibilizados pelos estudiosos da Ciência Política para verificar se é realmente possível obstaculizar a politização
Investigações da Polícia Federal revelam uma trama golpista no governo Bolsonaro envolvendo diversos militares e chamam a atenção para o mais persistente problema da história política brasileira: o intervencionismo das Forças Armadas
A politização das FFAA promovida pelo governo Bolsonaro apenas reforçou a postura de extrema direita que já era dominante.
Tanto quanto a ideia de pacificação, a noção de “Exército de Caxias” pertence a uma mesma tradição militar, incompatível com a Democracia
O extremismo de direita que se encontra avançando em várias partes do mundo é uma ideologia, isto é, um conjunto de representações, valores, concepções e regras de comportamento que prescrevem aos indivíduos o que e como devem pensar, sentir e agir, seja para manter ou mudar determinada situação
Marinha brasileira acaba de adquirir doze blindados projetados para conflitos em cidades pobres do Sul Global, onde ruas estreitas podem ser ocupadas por “grupos armados irregulares”
A força da globalização é notória e invade todos os setores da vida em sociedade. Uma área muito relevante que ela tem incidido é na política, especificamente a soberania nacional entendida como a autonomia dos governantes para tomarem decisões pertinentes à defesa dos interesses nacionais
Nas sociedades democráticas, o forte avanço da tecnologia se apresenta como o grande responsável por aproximar cada vez mais os paisanos dos fardados, bem como desfaz progressivamente a distinção entre civis e militares
Por que recorrer aos militares, soldados treinados para guerra contra um inimigo externo, para lidar com seus próprios cidadãos dentro do estado de direito? A segurança pública seria um assunto da Defesa?
Ao declarar que as Forças Armadas seriam um poder moderador no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro e seus colaboradores diretos estão insistindo em uma falácia já desconstruída
No próximo dia 16 de setembro, a Intervenção Federal completa seu sétimo mês na capital Fluminense com resultados que apontam para violência, confronto aberto contra civis e a violações de direitos humanos
Militares são treinados para matar inimigos. As táticas de ocupação de território visam à invasão de países estrangeiros, e a “licença para matar” volta-se contra combatentes estrangeiros. O que significa, então, ocupar nossas próprias cidades, habitadas por concidadãos?