O presidente mexicano é uma marionete controlada pelos empresários?
O México foi a primeira capital latino-americana a anunciar que não participaria da Cúpula das Américas de junho de 2022, já que nem Cuba nem a Nicarágua foram convidadas. Celebrado pela política externa, López Obrador é objeto de críticas em quase todo o resto. Sua relação com o empresariado, sobretudo, alimenta uma ideia de traição
Tamales de milho com chipilín, feijão preto e banana frita – uma refeição típica de sua terra natal, o estado de Tabasco: eis o cardápio que o primeiro presidente de esquerda da história recente do México ofereceu, em 21 de novembro de 2021, a seus convidados, membros do “Conselho Empresarial”. Poucos dias antes de sua posse, Andrés Manuel López Obrador (conhecido como AMLO) criou essa estrutura para se cercar dos bons conselhos dos mais importantes empresários do país, sob a liderança de seu futuro chefe de gabinete, Alfonso Romo, um empresário do agronegócio pertencente à elite econômica de Monterrey (que renunciou em dezembro de 2020). “É uma forma de influenciar as decisões” e “de participar da política, sem ocupar um cargo eletivo”, explica um grande empresário que participou das reuniões. Dessa forma, os tamales, o feijão e as bananas puderam ser apreciados por: Carlos Slim,1 o homem mais rico do…