Negacionismo disfarçado
O mesmo governo paulista que defende vacinas e se opõe ao governo Bolsonaro segue um roteiro perturbador quando o assunto é a retomada das atividades escolares presenciais, as reais condições de segurança sanitária nas escolas ou a efetividade do ensino remoto durante o período de suspensão das atividades presenciais
Deixou de fazer políticas públicas para proteger a população mais vulnerável durante a pandemia. Priorizou o funcionamento do comércio e dos serviços em detrimento de medidas rigorosas de distanciamento. Em nome disso, alterou regras e protocolos diversas vezes. Impediu pesquisadores e jornalistas de acessarem dados públicos. Utilizou canais de comunicação não oficiais para constranger opositores, inclusive dentro de sua base de apoio.1 Maquiou os números para favorecer suas posições no debate público. Induziu a população ao erro. Flagrado na mentira, negou o flagrante, desqualificou seus oponentes e tentou mudar de assunto. Para não ser flagrado novamente, alterou mais uma vez as regras. E escondeu mais uma vez os dados públicos. E mudou mais uma vez de assunto. Esse script bem poderia estar relacionado ao governo Bolsonaro, mas estamos falando da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) e do governo estadual cujo chefe elogia a ciência, não aglomera…