O espectro de um conflito regional
O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, ameaçou Israel de uso da força caso persistissem os bombardeios aéreos em Gaza. Expressando-se claramente, Teerã explica que não poderá impedir que o Hezbollah e outros atores que lhe são subordinados ataquem
O Irã está por trás do ataque do Hamas contra Israel? Segundo um artigo do Wall Street Journal (8 out.), que cita apenas fontes anônimas do partido islâmico palestino e do Hezbollah, Teerã teria dado sinal verde para a Operação Inundação de Al-Aqsa – informação que os dirigentes iranianos contestam enquanto continuam a louvar as incursões do Hamas e a conclamar ao “prosseguimento da resistência”. Nos Estados Unidos, diversos representantes eleitos democratas e republicanos exigiram novas sanções contra Teerã. Contudo, uma pergunta se coloca: se a república islâmica é de fato o padrinho dessa ofensiva, por que o “Hezb” [o partido], seu principal retransmissor na região, não entrou na guerra no mesmo momento em que o Hamas em nome da “unidade das frentes” ou da “resistência comum”, expressões que regularmente utilizam os chefes do partido libanês? Tal intervenção teria desse modo contribuído para desorganizar o Exército israelense – que tinha…