Em sua resenha desta semana, Dida Bessana analisa o livro de contos Os girassóis cegos (Mundo Editorial), do espanhol Alberto Méndez, que, infelizmente, foi até agora ignorado pela mídia brasileira. Segundo Fernando Valls, do jornal El País, Borges, Cortázar e Carver eram os contistas preferidos de Méndez, falecido em 30 de dezembro de 2004. Ganhador, em 1962, do Prêmio Nacional de Tradução, Méndez traduziu para o espanhol Shakespeare, Goldoni, Dickens e Chesterton, entre outros. Na opinião de Dida Bessana, trata-se de um livro “sensível, profundo, realista, carregado de simbolismos”.
A partir deste número, damos início a uma nova seção de tradução de poesia e prosa – Vice-verse – dedicada a textos produzidos originalmente em língua inglesa. Coordenada pela jornalista e tradutora Marina Della Valle (marina_dellavalle@yahoo.com.br), Vice-verse está aberta a tradutores que desejem publicar seus trabalhos. Nesta primeira edição, trazemos dois poemas de John Donne, traduzidos por Rafael Rocha Daud.
Olivia Maia publica a segunda e última parte de suas reflexões a respeito do romance policial brasileiro. Questionando-se sobre as características da literatura policial brasileira, seus leitores e a possível existência de um subgênero no Brasil, a escritora trata, inclusive, dos preconceitos existentes entre nós em relação à “literatura de entretenimento”.
Em sua crônica desta semana, Diego Viana fala, com finíssima ironia, do marketing que circunda o presidente francês, Nicolas Sarkozy. Afinal, quem é ele? O filho de imigrantes? O homem dinâmico e trabalhador? O gourmet? Ou apenas um homem comum? São tantas as imagens, tão variadas as facetas construídas pelo marketing, que os consumidores parecem estar insatisfeitos…
Boa leitura!