Palavra 15
Justine
A organização caótica da narrativa passou, em dado momento, a dispersar minha atenção. Chega uma hora em que belas figuras de linguagem e descrições primorosas tornam-se insuficientes para cativar um leitor que preza uma condução mais segura da história.
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A Infância de Máximo Górki
É interessante notar a maestria do autor em elaborar ficcionalmente e em detalhes as suas memórias daqueles anos, sem deixar de dar-nos um painel, ainda que muito sutilmente, do modo de viver do russo, do “homem comum”, no século 19.
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Contos de fadas para adultos
Publicado pela primeira vez em 1960, na Inglaterra, “Beijo”, de Roald Dahl, é formado por onze contos em que prevalece o tom sombrio, com detalhes do cotidiano que, aos poucos, constroem um clima de suspense e terror.
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Cassavas, Anselmo e as grandiosidades
Quando encontro uma literatura feita a partir de certo surrealismo fantástico, ela tende a me agradar muito mais. João Paulo Cuenca mergulha nessa classe com maestria.
AquiRodrigo Gurgel
Luiz Paulo Faccioli abre a 15ª edição de Palavra com um texto deliciosamente híbrido, no qual ele mescla crônica, resenha e crítica literária. Primeiro de uma série, neste Faccioli analisa o volume que abre a tetralogia O quarteto de Alexandria, de Lawrence Durrell, publicada pela Ediouro. Sua leitura de Justine guarda um apuro dificílimo de se encontrar.
Da tetralogia de Durrell passamos à trilogia de Máximo Gorki, editada pela CosacNaify. Isa Fonseca destrinça os elementos que compõem o primeiro volume, Infância, repleto de detalhes não só dos sofrimentos que o autor experimentou, mas também da realidade social da Rússia no início do século 20. Fonseca nos promete, para as próximas semanas, mais duas resenhas, analisando os outros volumes da trilogia.
Leandro Oliveira escreve sobre o tardio lançamento, entre nós, de Beijo (Editora Barracuda), de Roald Dahl, conhecido no Brasil principalmente por suas obras de literatura infantil – entre elas, o clássico A fantástica fábrica de chocolate. Dono de um humor ácido, Dahl oferece, nesta coletânea de histórias para adultos, um “tom sombrio, com detalhes do cotidiano que, aos poucos, constroem um clima de suspense e terror”.
O dia Mastroianni, de João Paulo Cuenca, publicado pela Editora Agir, é a obra analisada por Renata Miloni. Na opinião de Miloni, a obra é construída por meio de uma “narração irrepreensível”, o que, dentre outras qualidades, coloca o escritor numa posição privilegiada em relação aos seus contemporâneos.
Boa leitura e até a próxima semana.