Para os Estados Unidos, é “Israel em primeiro lugar!”
Após as supostas “armas de destruição em massa” no Iraque e a guerra que destruiu aquele país, a vez do Irã parece anunciar o início de uma nova “guerra sem fim”, o novo atoleiro norte-americano
“América em primeiro lugar” (America first), exceto quando se trata de Israel? Muitos partidários do presidente dos Estados Unidos levantam a questão. É humilhante para o atual morador da Casa Branca, pois sugere que o homem forte e exibido está a reboque de um líder estrangeiro – que não vive em Moscou, mas em Jerusalém. Conclusão ainda menos surpreendente, já que é difícil identificar em Washington um lobby russo de qualquer dimensão, ao passo que o de Israel exibe seu poder há pelo menos quarenta anos.[1] Entre 80% e 95% dos congressistas, republicanos e democratas, dão-lhe apoio. Observar, em 15 de junho último, lado a lado no estúdio do programa da CBS Face the Nation, o senador republicano neoconservador Lindsay Graham, falcão entre os falcões, e seu colega democrata Richard Blumenthal, foi algo ao mesmo tempo caricatural e muito comum. Como bons ventríloquos das exigências de Israel – que acabara…