Qual é o futuro dos palestinos?
Entre planos de expulsão e prisões arbitrárias em massa para pressionar a população, o governo israelense de extrema direita pretende selar definitivamente o destino dos palestinos. Nunca, desde 1948, o futuro deles pareceu tão ameaçado
Foram necessárias apenas algumas horas para entender que a eliminação do líder do Hamas, Yahya Sinwar, ocorrida no sul da Faixa de Gaza em 16 de outubro, não aceleraria o fim da guerra. “Isso não significa o fim da guerra em Gaza, mas o início do fim”: o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rapidamente deixou claro que mantém sua preferência pelo uso da força em vez de negociações para libertar os reféns israelenses. Por meio de Khalil al-Hayya, membro do escritório político do Hamas e chefe da delegação palestina nas negociações, a outra parte reafirmou que nenhuma libertação ocorreria sem um cessar-fogo que envolva a retirada do Exército israelense da Faixa de Gaza e a soltura de prisioneiros palestinos. De ambos os lados, trata-se de sobrevivência política: o Hamas não pode aceitar um acordo insuficiente, dado o preço pago por sua população desde a noite de 7 de outubro de 2023…