Cessar-fogo na Palestina: o que não podemos esquecer deste genocídio?
Enquanto a guerra por meio de tecnologias de informação desempenhava seu papel, crianças palestinas passavam fome, perdiam membros, familiares e, muitas vezes, suas vidas
Enquanto a guerra por meio de tecnologias de informação desempenhava seu papel, crianças palestinas passavam fome, perdiam membros, familiares e, muitas vezes, suas vidas
As agitações que levaram à Guerra Civil em território sírio se iniciaram em 2011, no contexto da então “Primavera Árabe”
Associação Shalom, Salam Paz, formada em 2000 foi primordial para o retorno da visibilidade da causa palestina no cenário brasileiro
A eliminação de Hassan Nasrallah e de outros líderes do Hezbollah abriu um novo capítulo na guerra que Israel trava contra o Líbano (pág. 20). Enquanto os bombardeios devastam o País dos Cedros e nenhum cessar-fogo se vislumbra em Gaza, a situação só piora na Cisjordânia (pág. 19), em um contexto de enfraquecimento acentuado da Autoridade Palestina e fragmentação política. No Brasil, a falta senso crítico e a subserviência na cobertura de Gaza transformam a mídia em uma cova do bom jornalismo (pág. 22). Em Israel, há tempos em posição delicada, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu triunfa e pretende levar sua vantagem o mais longe possível, mesmo que isso implique desafiar seu aliado norte-americano (pág. 16). Por sua vez, os líderes dos países do Oriente Médio parecem considerar apenas três opções: permanecer inativos, fingir agir no plano diplomático ou, por fim, assumir uma aproximação com Tel Aviv. Porém, todos temem que Israel amplie o conflito para o Irã. Antes, talvez, de aprofundar suas conquistas sobre o território iraniano (a seguir)
Em um ano, Israel eliminou vários de seus inimigos na liderança do Hamas e do Hezbollah, incluindo Yahya Sinwar, Ismail Haniya e Hassan Nasrallah. Longe de considerar uma trégua a seu favor, o primeiro-ministro israelense pretende continuar a guerra. Uma pergunta permanece: ele desencadeará uma operação de grande escala contra o Irã, que então envolveria os Estados Unidos?
Entre planos de expulsão e prisões arbitrárias em massa para pressionar a população, o governo israelense de extrema direita pretende selar definitivamente o destino dos palestinos. Nunca, desde 1948, o futuro deles pareceu tão ameaçado
Há um ano, testemunhamos debates televisivos, pronunciamentos públicos, e matérias de jornais relativizando ou justificando as violações em Gaza e no território Libanês
Em Gaza, a crueldade não poupa civis, profissionais humanitários e unidades médicas, o que fez com que o sistema de saúde entrasse em colapso
Pratos tradicionais, bordados, arqueologia… A batalha cultural ocupa papel central no sionismo político. Ferramenta essencial para que Israel demonstre seu direito exclusivo sobre a terra, essa batalha faz parte da criação de uma narrativa nacional, independentemente de sua veracidade histórica. Além da dimensão territorial, os palestinos lutam pela sobrevivência de sua identidade
No âmbito das organizações da sociedade civil, existe uma tendência a pensar que a solução para os problemas é encontrar remédios para os sintomas. Mas isso não funciona, nunca funcionou. A situação em Gaza é emblemática nesse sentido
Apesar de alguns avanços, no mesmo ano da assinatura dos Acordos de Oslo, já existiam cerca de 110 mil colonos israelenses vivendo em assentamentos ilegais espalhados pelas regiões da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental
As crianças são inocentes. Não criam as condições para a guerra; nem fazem guerra contra os outros. As mortes de todas as crianças no conflito em Gaza são trágicas e, como argumentou Judith Butler, “não pode haver justiça aqui, no massacre de crianças”