Xenofobia e racismo: as faces escancaradas de nossa indiferença
Ditaduras e regimes totalitários são também, no mais das vezes, Estados de “direito”, onde vigoram regras positivadas que os legitimam
Ditaduras e regimes totalitários são também, no mais das vezes, Estados de “direito”, onde vigoram regras positivadas que os legitimam
Assassinato de Moïse é a comprovação de racismo e da persistência da colonialidade no Brasil
Quem nasceu na Baixada e vive nesta terra, sabe que a violência, além de ser um gravíssimo problema social, se articula a outros setores da vida, influenciando-os: a violência é um elemento configurador das sociabilidades, das disputas eleitorais, dos locais de moradia e trabalho e do acesso à transporte, educação e saúde
Hoje, depois de três anos de política estatal de genocídio aberto contra as populações empobrecidas e racializadas, a situação é catastrófica. Nas periferias e favelas, nos aglomeramos precariamente. Os gastos se concentram em alguns itens muito básicos, e o aluguel, as contas de luz, água e gás, a comida e o transporte consomem tudo o que ganhamos
A política de drogas brasileira é a pior do mundo porque, mesmo quando inovamos minimamente em termos legislativos, nós temos as piores práticas da justiça criminal quando o assunto é a lei de drogas
A operação realizada pela Polícia Civil no dia 6 de maio na favela do Jacarezinho se converteu em uma chacina que resultou na morte de 28 moradores. Trata-se da operação mais letal da história democrática do estado do Rio de Janeiro, pois, diferente de outras chacinas que se tornaram notórias, como a de Vigário Geral e da Baixada, o massacre do Jacarezinho não foi realizado por um grupo de extermínio, e sim avalizado pelas autoridades políticas e policiais do estado. Resta saber como é possível sua ocorrência em condições notadamente controladas pela cadeia de comando institucional do estado