Poder político e institucional de militares permanece
Sessenta anos de um aparelho repressivo violento que se molda, quase se desfaz; mas se reorganiza na manutenção da ordem brasileira
Sessenta anos de um aparelho repressivo violento que se molda, quase se desfaz; mas se reorganiza na manutenção da ordem brasileira
Por que recorrer aos militares, soldados treinados para guerra contra um inimigo externo, para lidar com seus próprios cidadãos dentro do estado de direito? A segurança pública seria um assunto da Defesa?
O bolsonarismo é tanto um movimento quanto uma forma de governo, e as estruturas de direita que o apoiaram como governo tendem a sobreviver à sua derrocada. Algumas delas estão fortemente enraizadas na sociedade, como é o caso das Forças Armadas. Já o neopentecostalismo não tem uma presença tão estrutural na sociedade, mas chegou para ficar. Por fim, os grupos da antipolítica tentarão se opor ao novo governo desde o primeiro momento
O ressurgimento do pensamento autoritário no Brasil não é fruto apenas de uma personalidade autoritária, mas produto residual de nossa recente história
Estarão as forças armadas dispostas a abrir mão do seu monopólio constitucional do uso da força? Qual é a relação entre as forças armadas e o processo em curso de constituição de um poder paramilitar bolsonarista?
A partir da campanha pelo impeachment, os militares recuperaram força política, com aumento de gastos e o comando do Ministério da Defesa. Tais acontecimentos revelavam que o Partido Togado estava deixando a cena depois de ter subtraído o papel dos políticos profissionais. E o vácuo começava a ser preenchido pelo Partido Militar