A culpa não é dos crentes
Leia o quinto artigo da série do Le Monde Diplomatique Brasil com análises de militantes de movimentos sociais inspiradas nas manifestações pela democracia e contra Bolsonaro realizadas no dia 7 de setembro.
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No Brasil, a tese mais conhecida sobre o crescimento evangélico é, evidentemente, o neopentecostalismo, categoria sociológica criada para observar a “nova onda” que teria surgido no interior do movimento evangélico ao final do século XX, mas que ganha força sobretudo a partir dos anos 2000. Entre as suas características principais, estariam a “guerra espiritual”, a “teologia da prosperidade” e a forte presença nos meios de comunicação e na política partidária
Há uma ruptura explícita dos tênues laços de solidariedade social-coletiva, ainda existentes na sociedade, com a instituição de uma vacinação censitária pelo critério de renda e não de vulnerabilidade
As igrejas neopentecostais, cujo maior expoente é a Iurd, tornaram-se uma espécie de “curral eleitoral”, por um lado, e centros irradiadores de propaganda eleitoral, por outro, aos que a representam e aos que oferecerão, se eleitos, vantagens e ampliação do seu poderio.
Se nós, católicos, pretendemos atrair os pobres aos nossos templos e comunidades, só nos resta um caminho: evitar qualquer combate às Igrejas evangélicas, como estigmatizá-las com a pecha de “seitas”; dialogar ecumenicamente com seus fiéis e pastores; recriar espaço pastorais onde os pobres se sintam em casa como anteFrei Betto