Um presidente constrangido
Nas eleições legislativas de junho, Macron de fato perdeu sua maioria parlamentar, apesar de um sistema de votação que super-representa os candidatos do governo e de uma taxa de participação particularmente baixa (47%), que aumenta o peso relativo de seu eleitorado rico e idoso. Ressentido e surpreso, Macron não sabe o que fazer, nem com quem. Sua estratégia consistia em anestesiar o eleitorado, não se comprometendo com nada específico. Ela falhou, e a realidade de sua impopularidade o alcançou.
A desaprovação do presidente Emmanuel Macron é contundente. Falando logo após sua recondução ao Eliseu, ele confirma que sua vitória em abril passado foi adquirida por défaut [por inércia, no automático...]. Nas eleições legislativas de junho, Macron de fato perdeu sua maioria parlamentar, apesar de um sistema de votação que super-representa os candidatos do governo e de uma taxa de participação particularmente baixa (47%), que aumenta o peso relativo de seu eleitorado rico e idoso. Ressentido e surpreso, Macron não sabe o que fazer, nem com quem. Sua estratégia consistia em anestesiar o eleitorado, não se comprometendo com nada específico. Ela falhou, e a realidade de sua impopularidade o alcançou. Não se pode qualificar de “crise” o fato de a composição da Assembleia Nacional ter se tornado mais representativa da vontade dos eleitores. Em 2017, ela tinha apenas dezessete membros do partido A França Insubmissa (LFI), oito eleitos de extrema…