A saída para a dependência energética
A maioria das fontes de abastecimento de hidrocarbonetos para os Estados Unidos está no exterior. Suas próprias reservas, no ritmo atual de extração, se esgotarão dentro de 10 anos. Neste contexto, a Venezuela surge como um objetivo estratégico de primeira ordem para Washington
Os Estados Unidos são os maiores consumidores mundiais de petróleo bruto e produtos derivados. Respondem por 22,5% do total. Em segundo lugar vem a União Europeia, com 17,9%, e em terceiro, a China, com 10%. O mesmo acontece com o gás natural: os EUA utilizam 22% do total mundial. Atrás deles, está a UE, com 16,2%, e a Rússia, com 13,9%. Mas, apesar de liderar o consumo global dos os hidrocarbonetos, o país conta com apenas 2,4% e 3,6% das reservas mundiais de petróleo e gás natural, respectivamente1. Assim, se considerarmos um ritmo de extração equivalente ao de 2008, suas reservas terão se esgotado entre 2020 e 2022. Como se sabe, os Estados Unidos perderam sua autossuficiência energética há mais de meio século, e sua produção interna de petróleo bruto vem caindo de maneira irreversível e progressiva desde 19852. Segundo o último relatório estatístico da BP (antiga British Petroleum), em 2008…