Governo pandêmico: hora de apurar responsabilidades
Em sua saga para aniquilar o Estado brasileiro, ao relevar inaptidão, despreparo e desprezo pela ação pública, o presidente conduz um governo que alimenta o preconceito contra tudo que é público e deixa implícita a direção a tomar: franquear ao privado a gestão da nação
A lista só aumenta e parece acompanhar não apenas o grau de letalidade da Covid-19, mas também a insanidade do chefe do Executivo. O presidente Jair Bolsonaro continua pregando o uso de drogas cuja eficácia no tratamento preventivo contra o coronavírus jamais foi comprovada, tendo agora agregado ao coquetel de sua autoria a proxalutamida. Tal como no caso da cloroquina e da ivermectina, esse bloqueador hormonal, cuja fabricação foi rejeitada por dois laboratórios, carece de estudos comprobatórios que afastem suspeitas de ter até mesmo provocado mortes.1 Enquanto ultrapassamos as 400 mil mortes contabilizadas por Covid-19, sobram evidências de que o Brasil se moveu na contramão do resto do mundo na busca por vacinas. Como indica estudo2 elaborado por um conjunto de acadêmicos e jornalistas para subsidiar as atividades da CPI da Pandemia, o país aderiu ao programa Covax Facility da OMS, para desenvolvimento e acesso a vacinas contra a Covid-19,…