Como antes, com mais violência
Poder remunerar os funcionários com leite ou carne? A “liberdade” conforme entendida pelo novo presidente argentino, Javier Milei, encanta o setor privado, mas seduz menos os eleitores que acreditaram em suas receitas para acabar com a crise. Estes descobrem o significado de sua promessa de “erradicar a casta”: servir à oligarquia. Entre as ruas e o homem da motosserra, a batalha está apenas começando
A máscara rapidamente caiu. Em 10 de dezembro, dia de sua posse, o novo presidente argentino, Javier Milei, divulgou nas redes sociais a primeira fotografia oficial de seu governo. Ele está agora reduzido a nove ministérios, em comparação com os vinte do mandato de seu antecessor, Alberto Fernández: ministérios do Capital Humano, Infraestruturas, Saúde, Economia, Justiça, Segurança, Defesa, Relações Exteriores e Interior. Na imagem, duas figuras conhecidas dos argentinos: a do novo ministro da Economia, Luis Caputo, ex-secretário de Estado e depois ministro da Fazenda no governo de Mauricio Macri (2015-2019), e a de Patricia Bullrich, que retornou ao cargo de ministra da Segurança, que ocupou no governo de Macri. Normalmente austera, na ocasião ela exibia um largo sorriso: o de uma candidata derrotada no primeiro turno das eleições presidenciais (sob a bandeira do partido de coalizão conservador Juntos por el Cambio), que ganhou um lugar no governo em razão…