Sergio Massa: mil táticas e nenhuma estratégia
Com um milhão de amigos no poder midiático e econômico e sua habilidade inegável de se reinventar, Sergio Massa se tornou o candidato peronista à Presidência. O ministro da Economia se sustenta na ideia de que a sociedade apoia a política de ajuste que ele encarna; uma suposição que está longe de se verificar
Mil táticas e nenhuma estratégia. A etiqueta que o kirchnerismo colou em Daniel Scioli em 2015, cujo subtexto afirmava que o projeto tinha pouco ou nada a ver com o candidato, no caso de Sergio Massa se transforma em uma literalidade: não há nada além do candidato, o candidato é o projeto. As exposições com perfil de seminário acadêmico que Cristina Kirchner deu nos últimos meses, nas quais reclamava um programa além de nomes ou candidaturas, se transformaram em papel molhado nas horas frenéticas do fechamento das listas. Durante toda a sua carreira política, Massa sempre manteve a maior distância entre ele e algo parecido com um programa. Ele tem todos os programas... porque não tem nenhum. O candidato peronista nas presidenciais de 2023 foi, à sua maneira, um visionário em seu tempo. Chegou cedo à sua época e subiu tarde ao topo do poder quando foi convocado às pressas…