Império em decadência
Baixos e altos no “glamour” de Hollywood, famoso bairro de Los Angeles
Baixos e altos no “glamour” de Hollywood, famoso bairro de Los Angeles
É benéfico para todos que o lixo possa ser separado, reusado ou reciclado de forma sustentável e saudável, sem poluir a terra ou os oceanos e sem causar mortes
Solidariedade, responsabilidade: palavras que ganharam forte atualidade para sublinhar o que é devido aos menos privilegiados – os “vulneráveis” – em nome da igualdade imperfeita e do desejo de corrigir as injustiças. Viver juntos envolve assim prestar atenção aos sentimentos de cada pessoa. Mas o sentimento permite fundar uma norma coletiva?
Famílias vulneráveis são pegas num “paradoxo”: a insegurança alimentar cresce junto com a produção de commodities na região
A segregação residencial tem a ver com o poder dos grupos em ocupar de formas desiguais os espaços nas cidades. Essas desigualdades se manifestam tanto na localização da moradia quanto em relação à infraestrutura, aos equipamentos de educação, cultura, lazer e saúde, à mobilidade, à paisagem e ao bem-estar urbano em geral
As famílias, diante da necessidade dos produtos, continuam comprando os itens expostos nas prateleiras dos supermercados, mas pagando, por quantidades menores, preços muito próximos daqueles oferecidos antes da “inovação”
A pandemia fez não somente a média de renda nas metrópoles alcançar os menores valores na série histórica, como prejudicou os estratos mais baixos de modo muito mais acentuado, provocando o disparo da desigualdade de rendimentos do trabalho. Confira no segundo artigo do especial Reforma Urbana e Direito à Cidade: os desafios do desenvolvimento.
A capital financeira do Brasil atualmente lida com uma crise humanitária que denuncia nos quatro cantos da cidade o cenário da desigualdade no país. Neste contexto, pessoas dormem nas ruas no meio do lixo do qual se alimentam e milhares de famílias vivem em habitações precárias, com riscos de incêndio e desabamento.
Hoje, depois de três anos de política estatal de genocídio aberto contra as populações empobrecidas e racializadas, a situação é catastrófica. Nas periferias e favelas, nos aglomeramos precariamente. Os gastos se concentram em alguns itens muito básicos, e o aluguel, as contas de luz, água e gás, a comida e o transporte consomem tudo o que ganhamos
Na ausência de uma memória coletiva responsável sobre as tragédias que nos trouxeram até o presente, a tendência é que elas se repitam e se cristalizem como dados da realidade. Infelizmente, é o que temos visto acontecer, pois o extermínio de povos indígenas, de populações negras e pobres, de opositores políticos e de outros corpos indesejados, como mulheres e pessoas LGBTQIA+, nunca cessou por aqui
Uma espécie de “garimpo dos ossos” se espalha pelo país como forma de sobrevivência. É um retrocesso que não pode ser naturalizado. Há um percurso do qual emerge que não está relacionado apenas à crise econômica. Configura-se mediado pelo apagão dos programas sociais, sistematicamente impulsionado pela política econômica de anos recentes
Se engana quem acha que os pobres que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá. Os jogadores pobres do seriado são os mesmos pobres daqui