Unidade, programa e bandeiras para enfrentar a crise
É urgente retomar o chamado de unidade, mas com uma pauta concreta e objetivos claros
Com a chegada à Presidência da República de Jair Bolsonaro, expressão de uma corrente neofascista que se insurge contra a democracia e os direitos conquistados na Constituição de 1988, abriu-se o debate no campo progressista em relação à tática mais adequada para enfrentar os retrocessos em curso no país. A eleição de uma figura que faz apologia ao golpe de 1964 e defende o regime militar que vigorou até 1985 acendeu na memória de muitos a campanha pelas Diretas Já, especialmente depois que a pandemia do coronavírus chegou ao Brasil e foram realizados atos autoritários contra as instituições. A unidade de um conjunto de organizações políticas, do movimento sindical, estudantil e popular, das igrejas progressistas, das entidades da sociedade civil e de formadores de opinião, como artistas, jornalistas e intelectuais, pela democracia nos anos 1980 se transformou num paradigma. A conformação da maior unidade política contra a crise brasileira é…