Por que os trabalhadores não percebem o ódio que Bolsonaro tem a eles
Não há dúvidas de que a Globo, a Folha de S.Paulo e outras corporações estão ao lado do candidato do PSL
Não há dúvidas de que a Globo, a Folha de S.Paulo e outras corporações estão ao lado do candidato do PSL
A situação geral demonstra o que as elites norte-americanas, britânicas e europeias, traumatizadas com a eleição de Trump e com o Brexit, sempre se negam a admitir: o autoritarismo não nasce do nada. A aposta da elite brasileira está condenada ao fracasso e acelera a chegada ao poder de um personagem que encarna uma verdadeira ameaça
Entender o ataque cibernético sofrido pelo grupo “Mulheres Unidas contra Bolsonaro” no sábado, 14 de setembro, é fundamental para compreender como a atitude conservadora ganha novas nuances na era digital, uma vez que tenta deslegitimar as vozes das mulheres, com ofensas e negação de discurso
Quando você vive com antenas muito bem desenvolvidas para o renascimento da intolerância e do fascismo, o alarme não poderia soar mais claramente que no caso desse homem e seus apoiadores. É só substituir LGBT, negro e mulher por “judeu” e estamos claramente em 1933
No segundo texto da série A análise dos discursos dos candidatos, produzida pelo Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ), os discursos do presidenciável Jair Bolsonaro: Os temas abordados por Bolsonaro não são incomuns nem exclusivos. O que vai diferenciá-lo é o ideário de extrema direita – também presente no seu vice, general Antônio Hamilton Martins Mourão (PRTB) — é a forma de abordar os problemas e apresentar as soluções, onde a postura emocional e odiosa prevalece
Mais que uma análise objetiva das propostas, queremos dar destaque aos componentes estratégicos e emocionais que as candidaturas promovem em sua prática discursiva. A imprecisão e o apelo emocional ou moral das práticas discursivas, que poderiam ser criticados do ponto de vista racional dos programas, passam a ter sentido como mecanismos estratégicos de interpretação da sociedade e seus sujeitos
Bolsonaro e Daciolo são perigosos pelo seu potencial de minar a democracia pelos signos que oferecem aos fanáticos, atuando no campo das fantasias direitistas
Essa nova avalanche de informações torna necessário reabrir a polêmica questão da anistia. Não se trata de revanchismo, mas de um esforço para reconstituir a história na medida em que novos dados provenientes de fontes norte-americanas permitem uma revisão de qual foi realmente o papel desempenhado pela cúpula da ditadura militar
Se houver um golpe militar hoje, seria muito mais para manter Temer no poder que para colocar um Bolsonaro no Planalto da Alvorada. O exército do deputado resume-se em seus seguidores, na maioria, adolescentes em desequilíbrio hormonal. Os militares não estão alinhados a interesses morais. Isso é mera retórica. Coitados se pensam que seu general fanfarrão um dia irá conduzir uma ditadura militar
É importante lembrar que o sentimento de descrença com os processos políticos, que geralmente vem acompanhado pelo autoritarismo e a violência, é uma semente que costuma germinar em terrenos fertilizados pela insatisfação com a economia. Portanto, é curioso que Jair Bolsonaro esteja tão bem cotado nos segmentos sociais mais abastados e supostamente “esclarecidos”
A rua se mostra como a última trincheira. Mas ela está vazia, de pessoas e parece também de sentidos. Estamos com a pele dura, e vamos aceitando a excepcionalidade como um processo ordinário. No Brasil estamos vivendo um filme, de drama e com um roteiro ditado por poucos. É neste cenário, de almas derrotadas, de debacle econômica e de paralisia geral é que escrevo este artigo.
Aquele jovem que vive na fenda entre os dois mundos, defendendo no mundo virtual uma coisa totalmente diferente do que faz no mundo real, acaba por aderir aos velhos que sempre defenderam tal discurso. Com o poder da retórica que, por sua vez, sempre prestou para seduzir pessoas, os carcomidos da política, percebendo que seu discurso tem demanda, aliciam a juventude iludida pela liberdade que as redes sociais e os jogos de mundo aberto proporcionam