Por que a riqueza dos bilionários cresce durante a pandemia?
Uma breve explicação do conflito de classe escondido nas equações da economia
Uma breve explicação do conflito de classe escondido nas equações da economia
O eterno Darcy Ribeiro nos ensinou: “A crise da educação no Brasil não é uma crise, é um projeto”. Da mesma forma, a manutenção da desigualdade no Brasil não é uma crise, é um projeto desumano engendrado pelas elites. Enquanto a Constituição Federal de 1988 só funcionar para onerar pobres e aliviar as elites, permaneceremos em crise
Os obscurantismos econômicos que circundam o tema da inflação,da impressão monetária e da desigualdade
As inadequadas condições sanitárias em muitas residências, o desprezo orquestrado pelo surto pandêmico, a exposição e falta de alternativa em relação à informação de baixa qualidade e as urgências não mitigadas em tempos de crise são alguns dos fatores que contribuem para esse padrão de dispersão socialmente orientado: uma dispersão geográfica, portanto, mais do que geométrica, apesar de alguma coincidência entre elas. O padrão socioespacial tem um corte de classe e a doença já faz dos mais pobres as suas principais vítimas
A desigualdade é naturalizada, apresentada como uma herança histórica, uma característica de nossa sociedade com a qual temos de conviver. Não é vista como uma construção histórica que se apoia nas próprias políticas públicas e tem no Estado seu principal promotor.
Pesquisa revela que cidadãos de São Paulo tendem a desconfiar das instituições nas quais têm mais ferramentas para interferir: aquelas vinculadas ao Poder Executivo e ao Legislativo. Apesar de os ocupantes de Câmara Municipal e Prefeitura serem eleitos diretamente pela população e estarem sujeitos a maior escrutínio público, os paulistanos confiam menos em tais instituições que em Forças Armadas, Polícia e Judiciário.
Embora cercados de meios de comunicação, nós vivemos em uma sociedade profundamente desinformada. Entre fatos e opiniões, preferimos tranquilizar o fígado, deformando os fatos para justificar nossas crenças. Mobilizar as pessoas pelo ódio rende muito mais que tentar explicar a realidade
“Ricos mais ricos, pobres mais pobres.” Dessa constatação zilhões de vezes formulada podemos tirar soluções opostas: adocicar o capitalismo, dizem uns; socializar a riqueza, respondem outros. Antes de ressurgir no Occupy Wall Street, esse debate atravessou o século XXI. O destaque das desigualdades no discurso público também tem uma história
A história demonstra que é possível conter a escalada da desigualdade social. Não se trata de um problema de falta de ferramentas para realizar essa empreitada, mas de vontade política para isso. Parte do problema está no funcionamento de algumas democracias modernas, que blindaram a economia da interferência democrática, impedindo que a vontade da maioria prevaleça sobre o poder econômico
Nos dias de hoje, enquanto o grande capital concentra a renda e a riqueza, os trabalhadores sobram e os pequenos empresários se arruínam, desaparecendo, ambos, na multidão de desempregados
Nas últimas décadas a desigualdade tem crescido em todo planeta. O Brasil, país que não teve um passado marcado por uma maior igualdade socioeconômica entre seus cidadãos, apresenta um índice de desigualdade social similar ao dos países do oriente médio. Nível de desigualdade social alarmante nomeado de “fronteira da desigualdade”, uma expressão criada para designar os países em que a desigualdade se manifesta de forma mais intensa
Olhando para frente, a questão mais relevante é a necessidade que o novo governo terá, já em 2019, de definir uma nova regra para o reajuste do mínimo