A falsa dicotomia entre o sistema acusatório e perspectiva de gênero
É possível analisar o processo com perspectiva de gênero e, ao mesmo tempo, manter a presunção de inocência do réu até que haja prova suficiente em contrário
É possível analisar o processo com perspectiva de gênero e, ao mesmo tempo, manter a presunção de inocência do réu até que haja prova suficiente em contrário
A verdadeira mudança da política passa pela participação massiva das mulheres e a violência política de gênero (nas redes e nas ruas) é um instrumento para nos afastar, impedindo assim que a mudança aconteça. Leia o artigo de Manuela D’Ávila sobre o violência política de gênero
Com a menor verba dos últimos quatro anos, os recursos voltados ao combate da violência contra a mulher também passam por execuções mais baixas do que os valores autorizados e atraso nas remessas aos estados e municípios.
O governo brasileiro vem desmontando as poucas políticas públicas existentes de combate à violência de gênero, à LGBTfobia, ao racismo e a outras formas de preconceito contra grupos que não se enquadrem no padrão dominante
Se a piora das condições de vida causada pela pandemia talvez seja o principal propulsor do aumento das agressões cujos autores são homens e as vítimas são mulheres, torna-se essencial observar com mais atenção as dinâmicas e desafios das masculinidades – termo usado para distinguir as diversas formas de praticar o gênero masculino – no Brasil da atualidade
O mundo cristão está longe de ser imune à violência de gênero. E se olharmos bem de perto, encontraremos muitos casos de violência contra as mulheres no Ocidente que raramente são contextualizados em torno da religião. Esta história de violência de gênero não é uma história do Oriente Médio, é a nossa história
Publicada no início de agosto, a lei n°. 14.192 estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher nos espaços e atividades relacionadas ao exercício de seus direitos políticos e funções públicas
Da Argélia ao Kuwait, passando pelo Egito, múltiplas vozes levantam-se contra a violência de gênero. A internet e as redes sociais potencializam as mobilizações, que reclamam a conscientização sobre os efeitos do patriarcado e legislações mais severas. Os governos tergiversam e não toleram que as reivindicações atinjam a esfera institucional
O stalking, assim como as outras modalidades de violência contra a mulher, é uma prática conhecida socialmente há muito tempo, ainda que se tenha demorado a criminalizar tal conduta
A ideia de cidades feministas propõe colocar a desigualdade no centro da agenda, incorporando os sujeitos omitidos pela desigualdade e rompendo com a neutralidade de diagnósticos e políticas. leia a o terceiro artigo da série especial Cidades do Amanhã
À primeira vista, a maior parte das pessoas se diz extremamente repugnada por casos de violência sexual. Não raro, em reação a relatos de estupro ou assédio, ouvimos uma série argumentos em prol de endurecimento penal e, até mesmo, de castração química de criminosos sexuais. Na prática, contudo, a teoria é outra. Diante de histórias reais de abuso, proliferam-se dúvidas, suspeições e demandas por maior contextualização
Há margem para uma conclusão otimista: a causa do aumento estatístico das denúncias de violência contra a mulher é o surgimento de uma brasileira melhor informada, segura e confiante na Justiça para denunciar o seu algoz
A violência de gênero atinge mulheres brasileiras de Norte a Sul do país, de todas as classes sociais, etnias, credos, raças e opção sexual. Seja por culpa do sistema patriarcal, seja pela falta de debate sobre o tema, o fato é que uma mulher é espancada a cada 15 segundos e dez são assassinadas diariamente no BrasilMaíra Kubík Mano|Mariana Fonseca