Os corredores transcontinentais sul-americanos e a nova geografia global
As novas commodities globais continuam a impulsionar a expansão da modernização e espacialização territorial
As novas commodities globais continuam a impulsionar a expansão da modernização e espacialização territorial
A ofensiva comercial conduzida pelos Estados Unidos não representa uma ruptura de fato em sua política em relação à China. No entanto, desta vez Pequim decidiu reagir. Em um revés difícil de conceber há trinta anos, é agora o Partido Comunista Chinês (PCC) – e não a Casa Branca – que se ergue em defesa do multilateralismo e do livre comércio
A guerra tarifária entre Estados Unidos e China escancara apenas uma disputa comercial — ou estamos, na verdade, diante de uma luta pelo controle das indústrias tecnológicas que definirão a liderança global nas próximas décadas?
O tarifaço não é só uma política econômica. É uma declaração de abandono das regras que sustentavam a hegemonia americana, não por falta de poder, mas por escolha. Em vez de liderar com instituições, os Estados Unidos ensaiam liderar pelo choque
Inaugurado em Lima, em 14 de novembro de 2024, pela chefe de Estado peruana interina, Dina Boluarte, e pelo presidente da China, Xi Jinping, o megaporto de Chancay deve se tornar a peça-chave do dispositivo logístico e comercial da potência asiática na América do Sul. No entanto, em meio às preocupações da população local, Washington não vê a situação da mesma forma
Fomos todos vendidos. Só na aparência é o consumidor que é consumista, pois é a mercadoria que consome o ser humano no processo de produção e no consumo
Embora Trump tenha feito questão de abrir sua metralhadora giratória para muitos países, o maior desafio é a China. Seu primeiro governo tentou conter o gigante asiático por meio de uma “guerra comercial”. Agora, de volta ao poder, é impossível prever como Trump pretende moldar essa relação. Entretanto, em contraste marcante com a União Europeia, a China não esperou para ver
A América Latina continua a ser concebida como região subordinada aos interesses dos Estados Unidos e fonte abundante de recursos naturais, ameaçados pelas ambições de crescimento chinês
Ex-embaixador de Singapura nas Nações Unidas – onde presidiu o Conselho de Segurança em janeiro de 2001 e maio de 2002 –, o professor Kishore Mahbubani apresenta uma análise singular da situação política internacional. Ao reflexo alinhado à Otan dos meios de comunicação ocidentais, ele contrapõe um conhecimento detalhado e contextualizado da China, o que não o impede de apontar os erros de Pequim
Se os canhões permanecem, por ora, mudos, o conflito já é intenso entre a China e os Estados Unidos nos meios de comunicação, nas instituições internacionais e nos salões ou círculos diplomáticos. No entanto, ele também se desenrola, ainda que de forma mais discreta, em outro domínio: o dos padrões que regem o comércio internacional e determinam seu futuro
A McKinsey, o Boston Consulting Group e outros escritórios de consultoria norte-americanos são centrais para a estratégia saudita de desenvolvimento e aumento da influência. No entanto, essa atuação com Riad suscita preocupação em uma comissão de inquérito do Senado norte-americano. Os legisladores temem um conflito de interesses que poderia prejudicar, a longo prazo, a economia e a segurança dos Estados Unidos