“Uma ideia perigosa”
A União Europeia exigiu que países equilibrassem suas contas. A implementação de medidas como investimentos públicos e intervenção estatal, são eficazes em tempos de crise
A União Europeia exigiu que países equilibrassem suas contas. A implementação de medidas como investimentos públicos e intervenção estatal, são eficazes em tempos de crise
Escassez, filas em lojas, crescimento do mercado paralelo de moeda estrangeira e inflação: há três anos, a economia cubana enfrenta uma profunda crise. Embora o embargo seja estruturalmente responsável por essa situação, uma reforma monetária para unificar o peso piorou as coisas. A população procura enfrentar as dificuldades, mas as partidas para o exterior se multiplicam
Hoje, depois de três anos de política estatal de genocídio aberto contra as populações empobrecidas e racializadas, a situação é catastrófica. Nas periferias e favelas, nos aglomeramos precariamente. Os gastos se concentram em alguns itens muito básicos, e o aluguel, as contas de luz, água e gás, a comida e o transporte consomem tudo o que ganhamos
Vítima de uma tentativa de envenenamento, o opositor russo Alexei Navalny está hoje atrás das grades. Pedindo sua libertação, as chancelarias ocidentais se preparam para adotar novas sanções. Já o Kremlin não pretende ceder em nada às pressões ocidentais, que qualifica de ingerências; contudo, monitora as consequências do caso no interior do país
As crises têm nos ensinado muitas coisas. Uma delas é o aumento exponencial da vulnerabilidade social, que acaba criando condições para um processo acentuado de centralização e concentração de renda e patrimônio
Países em desenvolvimento, como o Brasil, devem evitar cair na armadilha do aumento da dívida pública
O governo vem apostando em reformas pelo lado da “oferta” da economia (tributária, trabalhista, previdenciária, liberdade econômica) para gerar crescimento, são reformas que podem ser importantes dependendo do seu desenho, mas não resultam necessariamente em maior crescimento no curto prazo, talvez nem no médio prazo.
O fascismo mais evidente, explicitado politicamente, tende a vir à tona em conjunturas econômicas difíceis
Este artigo busca analisar a atual crise econômica e o significado da agenda econômica golpista. Ademais, apresenta uma agenda alternativa para o desenvolvimento econômico, em que o crescimento é movido pela redução das desigualdades e pelo aumento e melhoria da infraestrutura social
Em 2011, Gilberto Kassab lançava seu novo partido, o PSD: “Não será de direita, não será de esquerda nem de centro. É um partido que terá um programa a favor do Brasil”. Nas eleições legislativas de 4 de março último, a Itália viu a ascensão ao poder do Movimento 5 Estrelas, uma agremiação de mote parecido, mas com uma pretensão praticamente oposta: ser “antissistema”
A solução da crise econômica tem se dado por meio de expropriações capitalistas que, para desativar a sobreacumulação de ativos fictícios, precisam mercantilizar espaços ainda não exclusivamente mercantilizados, de modo a deixar o capital fluir, se expandir e se (re)acumular. Expropriações são processos indiferentes à anuência do expropriado e, portanto, violentos simbólica e fisicamente.
O desdobramento da crise econômica no plano local pode ser a generalização e a radicalização do conflito já vivido em alguns municípios entre a cidade como “máquina de crescimento”, funcionando a favor dos interesses privados da acumulação urbana e das elites políticas, e sua função do Sistema de Proteção SocialLuiz Cesar de Queiroz Ribeiro