De golpe em golpe
Nos últimos dias, uma alta significativa do dólar desperta acesos debates na opinião pública. Ataque especulativo ou descrença do mercado no pacote fiscal proposto pelo governo?
Nos últimos dias, uma alta significativa do dólar desperta acesos debates na opinião pública. Ataque especulativo ou descrença do mercado no pacote fiscal proposto pelo governo?
A consequência disso é a redução do crescimento econômico e o aumento da desigualdade no país
A cúpula do Brics em Johannesburgo, em agosto, foi acompanhada de declarações oficiais denunciando o lugar da moeda norte-americana na economia mundial, bem como sua utilização para fins políticos. Rússia e Brasil anunciaram que pretendem limitar sua exposição às verdinhas. Contudo, será que basta declarar o fim da hegemonia do dólar para executá-la?
A descoberta do pré-sal redesenhou o Brasil na geopolítica mundial do petróleo que, sob o resguardo da legislação de 2010, potencializava a atuação da política externa brasileira, voltada, desde 2003, a uma inserção mais autônoma, com base no multilateralismo e no eixo sul-sul. Combinado a isso, em 2014, a VI Cúpula dos BRICS ocorreu em Fortaleza, onde se anunciou tanto a assinatura do acordo constitutivo do Novo Banco de Desenvolvimento quanto a assinatura do tratado para o estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas.
Há dez anos eclodia a crise financeira mais grave desde 1929. Os banqueiros retomaram seus negócios habituais, mas a onda de choque continua. Ela tornou caducos certos modelos de crescimento e provocou o descrédito maciço do mundo político. A essas duas crises soma-se outra, ecológica, que ameaça o planeta em si. Como os pensadores críticos articulam essas três dimensões?
Julgada em 19 de janeiro em última instância como fraudulenta, a arbitragem criada para beneficiar o empresário francês Bernard Tapie deixa sob suspeita tais mecanismos judiciais. Porém, na escala do comércio internacional, esses procedimentos impõem-se no mundo todo, em favor exclusivamente das transnacionaisMaude Barlow e Raoul Marc Jennar
Em trinta anos, a China conseguiu erradicar a fome, apesar de sua pequena parcela de terra arável (9% do território). No entanto, os camponeses enfrentam condições de vida difíceis. Muitos precisam encontrar atividades complementares ou migrar para a cidade. O fenômeno deve acelerar as próximas reformasMartine Bulard
A abertura financeira é uma manobra de alto risco em sua fase inaugural. Uma comunicação desajeitada do governo chinês esquentou as coisas e tumultuou as finanças internacionais. Mas essa visão “curto prazista” dos mercados nãopermite compreender o que se passa na China*Michel Aglietta
A China satisfaz a primeira condição há muito tempo: ela é inegavelmente a maior potência comercial do mundo. Quanto à segunda, os Estados Unidos acusam-na de não querer deixar sua moeda flutuar livremente e de manter o controle do câmbiDing Yfan
O que dizem lobistas, grandes empresários e dirigentes políticos quando os reunimos nos salões de um grande hotel?Renaud Lambert
A negociação de um grande mercado transatlântico (GMT) entre os Estados Unidos e a União Europeia confirma a determinação dos liberais em transformar o mundo. Mobilizar tribunais a serviço dos acionistas e alçar o sigilo ao posto de virtude progressista… sua criatividade não conhece limites.Serge Halimi
Tempos atrás, os responsáveis norte-americanos asseguraram: a invasão do Iraque − que completará dez anos no dia 20 de março de 2013 − não tinha como objetivo a exploração do petróleo, mas sim a busca por armas de destruição em massa. Entretanto, documentos recentemente desclassificados pelos EUA mostram outra históriaJean-Pierre Séréni