Construindo políticas de comunicação no Brasil pós-Bolsonaro
Comunicação pós-Bolsonaro | Brasil
Em 2022, violência política, desinformação e discurso de ódio assumiram proporções assustadoras, amplificadas por grupos de radiodifusão e plataformas digitais. São marcas de uma política fascista de destruição do país que caracterizou o ciclo Bolsonaro. Esta série especial, parte da sétima edição do relatório Direito à Comunicação no Brasil, traz reportagens sobre os impactos desse cenário no setor das comunicações. Edição de Ana Veloso, Patrícia Paixão de O. Leite e Paulo Victor Melo
O fim de um ciclo e uma esperança de democracia
A era Bolsonaro minou o país com devastações de toda ordem, inclusive nas comunicações; com novo governo eleito, precisamos construir as críticas necessárias e apontar urgências de políticas públicas verdadeiramente inclusivas e democráticas.
Negacionismo estatístico e apagão de dados
Nova gestão no governo federal levará anos para reconstruir sistemas de informação em áreas como a saúde e o controle de agrotóxicos
Plataformas digitais no centro das atenções: regular para avançar
Regulação brasileira caminha para consenso, mas as plataformas resistem, trazendo entraves
A era Bolsonaro foi trágica para a democratização da mídia
Os quatro anos de governo fascista distanciaram o país da comunicação pública e de políticas para regulamentação da radiodifusão; a comunicação comunitária foi desprezada
Plataformização do acesso a serviços aprofundou desigualdades históricas
Na área das políticas sociais, dos serviços de saúde e até mesmo na identificação civil, priorização do digital impactou com mais gravidade segmentos já vulnerabilizados
Futebol, direito de transmissão e diversidade: da TV ao streaming
Relação entre grupos de mídia, plataformas digitais e instituições do futebol é caracterizada pela concentração de lado a lado
Desinformação, desertos de notícias e os impactos na Amazônia
Ausência ou concentração de cobertura jornalística limita o direito à informação em comunidades da região Norte e Nordeste do país
Eleição de candidatos policialescos e donos de mídia prejudica a democracia
A mídia é usada como trampolim político e contribui para a eleição de perfis que se valem da visibilidade que adquirem por meio da tela da TV ou das ondas do rádio
A política do ódio e a resistência do povo nas ruas e nas redes
A era Bolsonaro impulsionou a violência como dispositivo político, sobretudo em 2022, ano eleitoral no país, mas não sem enfrentar ações de resistência
Ataques a jornalistas deram a tônica em ano eleitoral
Em 2022, Bolsonaro e seus seguidores foram responsáveis pela maior parte dos casos de ataques à imprensa
A encruzilhada da comunicação pública e os caminhos da EBC
Comunicação pública enfrentou censura e ataques anti-democráticos em 2022, com foco no cerceamento à liberdade de imprensa e assédio aos servidores da EBC